Além dos participantes da carreata milhares de moradores e funcionários de empresas saíram as portas de seus locais de trabalho para aplaudir a inciativa dos participantes da manifestação.
A manifestação autodeclarada #AltaFlorestaEmMovimento, reuniu milhares de pessoas (Cerca de mais de 500 veículos particulares), do município de Alta Floresta, Mato Grosso, em uma carreata pacífica contra a determinação de uma desembargador de Cuiabá, Pedro Sakamoto, que atendendo ao pedido da Defensoria Pública do Estado decidiu libertar 9 detentos que estariam, a princípio relacionados ao grupo de risco do Covid-19.
Após a soltura destes detentos, a Defensoria havia conseguido juntos ao desembargador a libertação de mais de 60 detentos da cadeia municipal, inclusive com a determinação da progressão de penas para que alguns destes viessem a adquirir liberdade antecipada.
Após a sociedade civil organizada do município tomar conhecimento do quadro de total insegurança que estava se desenhando em torno das decisões monocráticas impostas pelo desembargador, a OAB/MT e a OAB/AF, seccional de Alta Floresta, na pessoa de sua presidente, Dra. Lourdes Navarro, formularam um contato com a Secretaria Estadual de Segurança Pública – SESP-MT, bem como a Defensoria Pública e a Presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso – TJ/MT para buscar um alinhamento e uma solução menos danosa para a segurança dos habitantes no município.
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Com isto, em conversa com o desembargador responsável pela ação e demais membros da corte estadual, a presidência do Tribunal de Justiça conseguiu convencionar uma solução junto as prefeitura de Alta Floresta e Paranaíta, município vizinho que seria também comprometido com a soltura dos detentos.
Em um acordo inédito na história da Justiça de Mato Grosso, as prefeitura destes dois municípios, juntamente com a suas respectivas secretarias de saúde municipal aceitaram formar um consórcio aonde será montado um alojamento em um prédio, ainda a ser definido, para atender aos mais de 60 detentos que estão com suspeita de ter sido contaminados com o Corona Vírus.
Vale lembrar que a cadeia pública de Alta Floresta, foi a primeira e a única até a presente data, em todo o Estado de Mato Grosso a ter seus detentos e agentes prisionais contaminados a ponto de ter ocorridos duas mortes em decorrência do Covid-19, e devido a esses fatos é que a justiça decidiu por atender as solicitações da Defensoria Pública do município.
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