O juri popular se convenceu, após os argumentos do MP de que o acusado merecia a pena máxima pelos crimes de feminicídio e homicídio duplamente qualificado, em razão da morte da vítima e seu bebê com 22 semanas.
Além das penas de reclusão, a Promotora Carina Sfredo Dalmolin, da 2ª Promotoria de Justiça de Alta Floresta, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, pediu que o réu arcasse com o pagamento de R$ 50 mil a título de reparação de danos aos familiares da vítima. No julgamento ocorrido no último dia 17/09 (Terça), Emerson Diego Pestana da Silva foi condenado pelo assassinato de Aline Mazureki, com quem conviveu durante 5 anos e estava grávida de 22 semanas. O juiz que presidiu a sessão, Dr. Roger Augusto Bim Donega, fixou a pena em 60 anos de reclusão pelo homicídio qualificado e nove anos e quatro meses pelo crime de aborto, em regime inicialmente fechado, sendo negado o direito de apelar em liberdade. A promotora Carina Sfredo Dalmolin, que atuou na acusação pediu a condenação por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e feminicídio), bem como por aborto provocado sem o consentimento da vítima. Conforme a sentença, a pena foi majorada porque a vítima estava grávida, sendo de conhecimento do réu a gravidez bem como o fato de ser o pai do bebê. O crime aconteceu em julho de 2017, no bairro Jardim das Flores. Emerson e a vítima mantiveram um relacionamento amoroso durante cinco anos, porém, na data dos fatos, não estavam mais convivendo. Aline teria rompido o relacionamento há pouco tempo, em razão do sentimento de posse de Emerson com relação a ela, o que comumente resultava em discussões, ameaças e agressões. Diante do histórico de violência doméstica havia, inclusive, medidas protetivas deferidas pela justiça, informa o Ministério Público. No dia do crime, ele foi à residência da vítima, “descumprindo as medidas protetivas deferidas, que o impediam de manter contato com Aline, determinando que não se aproximasse e impedindo que frequentasse a casa e trabalho dela. Ele estava agressivo e com ciúmes por ela ter ido a uma festa no dia anterior. Aline pediu que Emerson fosse embora e disse que ligaria para a Polícia, quando ele se recusou, puxou-a com força para dentro de casa e ameaçou-a com uma faca no pescoço. Ao ouvir que ela não reataria o relacionamento, desferiu um golpe no pescoço da vítima, causando a morte dela e do bebê que estava na barriga”, acrescentou o MP. Emerson pode recorrer da decisão. Ele continua preso. |
Com informações do SóNotícias
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