A estudante de educação física, Gabriela Nascimento de Moraes, de 23 anos, internada desde o dia 18 deste mês, no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, encontra-se estável, mas sem previsão de alta, conforme boletim médico divulgado hoje (31). Ela continua internada no Centro de Tratamento Intensico (CTI) após duas cirurgias. A estuante teve o intestino perfurado, no dia 10 de julho, durante uma lipoescultura na clínica da médica Geysa Leal Corrêa, em Icaraí, Niterói.
Ontem (30), Gabriela foi submetida à segunda cirurgia para retirada de uma parte do intestino. O procedimento durou seis horas. Na primeira cirurgia, os médicos costuraram o intestino da paciente, mas como ela continuava sentindo dores, precisou de uma segunda cirurgia. Os médicos informaram a família da estudante que a última cirurgia foi muito delicada e se não houver uma resposta positiva, não está descartada uma nova cirurgia, conforme o advogado da família, Guilherme Frederico.
Por estar no CTI, a estudante ainda não ouvida pela delegada Raíssa Telles, titular da delegacia de Icaraí, responsável pela investigação do caso.
O advogado Guilherme Frederico informou que Gabriela mora no Rio e a clínica, onde se submeteu à lipoescultura, foi indicação de uma amiga. O procedimento custou R$ 4,2 mil. Ao chegar em casa, após o procedimento, Gabriela começou a sentir fortes dores no abdômen, que irradiavam para todo o corpo. Um dia depois, uma secreção começou a sair da barriga da paciente. Apavorada, a estudante de educação física entrou em contato com a médica relatando que tinha tomado uma sopa e estava com a impressão que o alimento estava saindo pela marca onde a cânula entrou para retirar a gordura do abdômen.
Frederico relatou que ao voltar ao consultório da médica, Gabriela Moraes recebeu uma lista de antibióticos e anti-inflamatórios ao preço de mais de R$ 700 e como as dores não passavam ela foi internada às pressas.
Médica investigada por morte de paciente
A Polícia Civil interditou, na semana passada, a clínica da médica Geysa Leal Corrêa, em Niterói. Ela é responsável por ter feito a lipoescultura na professora Adriana Ferreira, de 41 anos, que morreu na segunda-feira (23) deste mês, uma semana após ter feito o procedimento estético.
De acordo com a polícia, o espaço foi interditado para a realização de uma perícia, ainda sem data. A médica prestou depoimento sobre a cirurgia e procedimentos.
Segundo o marido de Adriana, ela fez uma lipoaspiração no abdômen e um implante de gordura nos glúteos. Passou mal em casa, foi socorrida no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas chegou sem vida.
Fonte: Agência Brasil
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FONTE: FOLHA DO ESTADO
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