A Polícia Federal do Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Público Federal deflagrou mais uma fase da Operação Lava Jato, que tem um braço no Estado carioca, desde que o ex-governador Sérgio Cabral foi preso e condenado em mais de um processo a mais de 30 anos pelos crimes cometidos enquanto era chefe do executivo no Estado.
Segundo o Ministério Público Federal, Luiz Fernando Pezão operava um esquema de corrupção próprio.
Ainda de acordo com o MPF, há registros documentais do pagamento em espécie a Pezão de mais de R$ 25 milhões no período de 2007 e 2015.
Em valores atualizados, o montante equivale a pouco mais de R$ 39 milhões, que corresponde ao total que é objeto de sequestro determinado pelo ministro Felix Fischer, do STJ.
Pezão ganhava mesada de R$ 150 mil e até 13º, diz delator
Em delação premiada, Carlos Miranda afirmou que Luiz Fernando Pezão recebia propina em envelopes azuis para não chamar a atenção, publica o Estadão.
“Além do pagamento mensal de R$ 150 mil, havia o pagamento de um 13º também no mesmo valor no final do ano; que os recursos eram transportados em envelopes azuis para não chamar atenção”, afirmou o delator.
Miranda disse também que ele próprio separava os recursos “após o recolhimento de propina nas empreiteiras e prestadores de serviço do Estado do Rio de Janeiro”.
“O valor de R$ 150 mil, pelo seu volume, tinha que ser acondicionado em dois ou três envelopes; que os pagamentos começaram em março de 2007 e perduraram até março de 2014, quando Cabral saiu do governo.”
Pezão pede pra terminar o café, antes de ser levado pela PF
O governador Luiz Fernando Pezão estava calmo no momento da prisão.
Diz O Globo: “Ao governador, foi permitido que tomasse café antes de sair. A primeira-dama, Maria Lúcia, arrumou a mala de Pezão. Antes de ser levado pelos policiais, os dois se despediram”.
Ao justificar prisão de Pezão, Dodge diz que esquema criminoso no Rio de Janeiro ‘não cessou'
Procuradora-geral da República concedeu entrevista horas depois da prisão do governador do Rio. Segundo ela, crimes como lavagem de dinheiro continuam ocorrendo no estado.
A ordem de prisão de Pezão foi expedida pelo Ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal Justiça.
Além do governador Fernando Pezão, também foram decretadas as prisões de:
José Iran Peixoto Júnior, secretário de Obras;
Affonso Henriques Monnerat Alves Da Cruz, secretário de Governo;
Luiz Carlos Vidal Barroso, servidor da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico;
Marcelo Santos Amorim, sobrinho do governador;
Cláudio Fernandes Vidal, sócio da J.R.O Pavimentação;
Luiz Alberto Gomes Gonçalves; sócio da J.R.O Pavimentação;
Luis Fernando Craveiro De Amorim; sócio da High Control Luis;
César Augusto Craveiro De Amorim; sócio da High Control Luis.
O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou na manhã desta quinta-feira que o processo de transição não será afetado.
VEJA O VÍDEO DA CHEGADA DO GOVERNADOR A SEDE DA PF NO RIO DE JANEIRO:
NÃO SOBRA UM
Desde 1998, foram presos todos os governadores eleitos do Rio de Janeiro:
Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Sérgio Cabral e, agora, Pezão.
Também foram presos todos os presidentes da Alerj de 1995 a 2017: Sérgio Cabral, Jorge Picciani e Paulo Melo.
Traremos mais informações ao longo do dia.
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