Duas mulheres no Reino Unido foram infectadas com uma “supergonorreia”, despertando forte preocupação em profissionais de saúde.Ambas foram desde então curadas da infecção, marcada por ser resistente ao tratamento padrão para a doença sexualmente transmissível (DST).A Public Health England, agência vinculada ao serviço de saúde do Estado britânico, reforçou a importância do uso da camisinha. Uma das mulheres parece ter sido infectada no continente europeu; a outra provavelmente dentro do próprio Reino Unido. Mas, para Nick Phin, da Public Health England, é “injusto” dizer que a “supergonorreia” esteja atualmente circulando na região.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, não há registro de gonorreia super-resistente no país.No caso da gonorreia, apesar de não ser uma doença de notificação obrigatória no Brasil, estima-se que surjam 500 mil casos novos ao ano – com prevalência de aproximadamente 1,4% na população de 15 a 49 anos. Ainda de acordo com a pasta brasileira, recomenda-se a busca pelo serviço público de saúde no caso de sintomas. Se confirmada a doença, o tratamento oferecido é gratuito e deve se estender também aos parceiros sexuais. O que é a gonorreia?A doença é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. A infecção se espalha por meio do sexo desprotegido vaginal, oral e anal. Sintomas incluem corrimento de líquido grosso de cor verde ou amarela saído de órgãos sexuais, dor ao urinar e sangramento no período entre as menstruações. No entanto, infecções vaginais e retais frequentemente não apresentam sintomas. Quando não tratada, a gonorreia pode levar à infertilidade, à transmissão ao bebê durante a gravidez e à doença inflamatória pélvica. Casos no Reino UnidoNão há conexão pessoal ou coincidência de parceiros sexuais ligando as duas mulheres que foram tratadas no Reino Unido. Mas ambas foram infectadas com uma versão da gonorreia resistente à primeira escolha de antibióticos – uma combinação de azitromicina e ceftriaxona. Estes registros não estão conectados ao caso considerado o mais preocupante no mundo, detectado no Reino Unido em 2018 depois de uma viagem de um homem para o Sudeste Asiático. Ao aplicar o tratamento tradicional contra a doença – uma combinação de azitromicina e ceftriaxona – os especialistas constataram que o homem não respondia aos antibióticos. Os especialistas tentam agora encontrar os parceiros sexuais das duas mulheres que registraram a doença no Reino Unido.
A bactéria Neisseria gonorrhoea rapidamente desenvolveu resistência a novos antibióticos. Também há casos crescentes registrados no Japão, Canadá e Austrália. Olwen Williams, presidente da Associação Britânica para Saúde Sexual e HIV, disse:
Já Paddy Horner, da Universidade de Bristol, afirmou à BBC:
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