Um vídeo que circula nas redes sociais vem causando revolta.Ele mostra uma mulher em trabalho de parto sendo agredida por um médico obstetra, que a acompanhava na Maternidade Balbina Mestrinho, em Manaus, no Amazonas.Além da agressão, em que o médico bate com as duas mãos na virilha da gestante, o registro prova diversas irregularidades no momento do parto: a paciente está completamente nua e sem o avental hospitalar específico usado em maternidades, além do médico colocar a mão em cima das partes genitais da mulher.Segundo a denúncia, o médico Armando Andrade Araújo, de 70 anos já foi preso em 2015 na “Operação Jaleco” da Polícia Civil, que colocou na cadeia profissionais de saúde suspeitos de participação em um esquema de cobrança ilegal de cirurgias em unidades de saúde da rede pública do Amazonas — eles chegavam a cobrar entre 1 mil e 2,8 mil reais para fazerem cirurgias em hospitais públicos. O médico exigia das famílias altos valores para fazer cirurgias de cesáreas, além de abusar sexualmente das pacientes ao examiná-las na sala de repouso. A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) informou que tomou conhecimento do vídeo apenas na última terça (19) por meio das redes sociais. Segundo a maternidade, a família não fez denúncia na Ouvidoria na época da gravação do vídeo. A Susam está encaminhando à Procuradoria Geral do Estado o pedido de afastamento do médico ginecologista obstetra , Armando Andrade Araújo. O profissional é do quadro terceirizado, contratado pelo Instituto de Ginecologia e Obstetrícia do Amazonas. ASSISTA O VÍDEO DAS AGRESSÕES FÍSICAS E PSICOLÓGICAS:
Violência obstétricaNo Brasil, dados mostram que 25% das mulheres já sofreu algum tipo de violência obstétrica. Sem saber, muitas mães já foram vítimas desse tipo de agressão, que pode ser física ou verbal, durante ou antes do parto.
A Organização Mundial da Saúde fez uma lista de possíveis violências no parto para que as gestantes e acompanhantes saibam identificar e combater nos hospitais e maternidades: abuso físico, abuso sexual, preconceito, discriminação, não cumprimento dos padrões profissionais de cuidado, mau relacionamento entre as gestantes e os profissionais e condições ruins do sistema de saúde. |
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