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Ex-diretor da ABIN afirma que G. Dias determinou que seu nome fosse retirado de alertas

(Last Updated On: 2 de agosto de 2023)

Segundo Cunha, G. Dias determinou que seu nome fosse retirado dos relatórios que continham os alertas, alegando que ele não era o destinatário oficial das mensagens.

Durante seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), revelou ter enviado mensagens via aplicativo ao então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, alertando sobre a possibilidade de uma ação extremista, como a invasão de prédios.

“Eu preparei dois relatórios. O primeiro estava em uma planilha que continha alertas enviados pela Abin a grupos, além dos alertas que enviei pessoalmente para o ministro-chefe do GSI por meio de meu telefone. Entreguei essa planilha ao ministro, e ele ordenou que seu nome fosse excluído, alegando não ser o destinatário oficial dessas mensagens. Ele determinou que apenas os alertas enviados para grupos de WhatsApp fossem mantidos ali. Eu segui suas ordens”, declarou Cunha.

Essas informações foram registradas em uma planilha que, posteriormente, foi arquivada, mas entraram em conflito com a hipótese de que o governo não estava ciente dos riscos durante os eventos do 8 de Janeiro.

Durante a comissão, também foi revelado que dois documentos enviados ao colegiado apresentavam adulterações nesses dados. Cunha negou qualquer envolvimento nas adulterações e reafirmou que elaborou os dois relatórios, com os alertas enviados tanto pela Abin quanto por ele pessoalmente, sem manipular as informações.

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