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Jean Willys diz que vive em “cárcere privado” após a eleição de Bolsonaro

(Last Updated On: 21 de maio de 2020)
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) reclamou esta semana sobre ameaças que estaria sofrendo nas Redes Sociais e relatou à repórter Bela Megale, do O Globo, que vive hoje em dia em um “cárcere privado” por causa de “ameaças que recebeu de apoiadores” do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), durante a campanha eleitoral.

O deputado do PSOL disse ao GLOBO que foi transformado em “pária” pela campanha de Bolsonaro e que hoje vive em “cárcere privado” por estar sob permanente proteção policial, devido, segundo ele, a ameaças que recebeu de apoiadores de Bolsonaro.

Desafeto de Bolsonaro, Wyllys chegou a cuspir no colega de parlamento durante a votação do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara, em 2016. Desde então, o deputado do PSOL se tornou um arqui rival de Bolsonaro, a quem se refere como “maldito”, “fascista”, etc.

Segundo Jean Wyllys, “A campanha de fake news montada pelos inimigos da democracia que agora chegam ao poder (sobretudo a mentira do inexistente “kit gay”) me transformou num pária para os eleitores desse maldito, que invadem diariamente minhas redes com dezenas de milhares de xingamentos e ameaças, e colocou minha vida em risco em quase todos os lugares do Brasil”, disse Wyllys em texto enviado à reportagem de O Globo.

Segundo a reportagem, Jean Wyllys tem usado escolta policial e se locomovido apenas em veículo blindado Desde que a vereadora do PSOL Marielle Franco foi assassinada, em março.

Agora, o deputado do PSOL tenta atribuir as medidas de segurança às ameaças que recebe de apoiadores de Bolsonaro, que teriam contribuído para limitar sua vida pessoal e política.
“Estou praticamente em cárcere privado pelas medidas de segurança que fui obrigado a respeitar. Logo, no momento, estou preocupado em me manter vivo, em cuidar da minha saúde que está abalada pelo volume de mentiras e ameaças contra mim. Estou preocupado em sobreviver, em recobrar as forças num país que elegeu o fascismo”, disse.
A reportagem procurou a assessoria parlamentar de Bolsonaro para comentar as declarações do deputado do PSOL. Em resposta, a assessoria do presidente eleito afirmou que quem levou uma facada foi o Bolsonaro, que Wyllys chama de fascista. “Coincidências ou não, o terrorista que cometeu o crime, era filiado ao partido do ‘ameaçado de morte’, o PSOL. É aquele velho enredo que a população já percebeu: ‘Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é’. Assim é a linha auxiliar do PT”.

Adélio Bispo dos Santos, que deu a facada em Bolsonaro, foi filiado ao PSOL de 2007 a 2014.

Em nota, o partido repudiou o ataque e cobrou investigação sobre o ataque. O fato é que os atores políticos do Brasil precisam colaborar na recondução do país à normalidade, sem ataques mútuos, ofensas e intolerância.
Com informações do Jornal Extra
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