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Perfil médio do candidato nas eleições é homem, negro, casado e com ensino médio

(Last Updated On: 6 de outubro de 2020)

Bruno Felipe / Com informações G1

De acordo com análises feitas pelo portal G1, utilizando dados das candidaturas divulgados pelo TSE, o perfil médio dos candidatos que disputam as eleições deste ano é homem, negro, casado, com 46 anos e com ensino médio completo.

Segundo os dados, esta é a primeira vez desde 2014, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a coletar dados de raça, em que o candidato médio é negro. Nas eleições anteriores, a cor de pele mais comum era a branca.

São, no total, mais de 548 mil candidatos registrados para participar das eleições deste ano. Os números do TSE ainda podem ter alterações, com a atualização dos dados pelo órgão ou até com indeferimento e renúncia de candidatos. De todas as candidaturas registradas, 49,9% são de pessoas que se declararam pardas ou pretas. Juntos, pardos e pretos formam os negros, segundo classificação do IBGE. Já os brancos representam 47,8% do total. Além disso, 0,4% se declaram indígenas e outros 0,4%, amarelos. Não há informação de raça de 1,6% dos registros.

A proporção de candidatos negros nas eleições deste ano é a maior já registrada pelo TSE. Além disso, é a primeira vez em que os brancos não são mais de 50% dos candidatos. Por isso, houve alteração do perfil médio dos candidatos de branco para negro. “Os brasileiros estão ficando mais conscientes de sua cor. (…) Quando os indivíduos recebem educação, eles podem se fortalecer e abraçar identidades negras”, diz Andrew Janusz, professor-assistente do departamento de ciência política da Universidade da Flórida.

Quanto às outras características, não houve muita diferença em relação ao perfil médio dos candidatos das últimas eleições municipais, em 2016. Os candidatos são predominantemente casados (51%), com ensino médio completo (38%) e com uma média de 46 anos. Além disso, a ocupação mais comum é a de agricultor. Como há muitas ocupações registradas, porém, os dados são mais pulverizados neste caso. Assim, mesmo sendo a mais comum, a profissão de agricultor foi declarada por apenas 6,8% dos candidatos.

Em relação ao gênero, 67% são homens e 33% são mulheres. O percentual feminino, inclusive, é muito próximo do mínimo estabelecido em lei pela cota de candidatas mulheres que deve ser cumprida pelos partidos, de 30%. Também vale lembrar que, de acordo com o IBGE, as mulheres correspondem a mais da metade dos brasileiros (52%).

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