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Secretaria de Trânsito de Alta Floresta repassa aluguel de 7,9 mil por mês pra manter equipamento de radar adquirido

(Last Updated On: 28 de fevereiro de 2024)

Publicado em 13/06/2019 – 

Em entrevista concedida ao MatoGrossoAoVivo, o supervisor municipal de trânsito, Messias Araújo, falou sobre questionamentos que surgiram sobre valores que estão sendo repassados a empresa que forneceu o equipamento de radar que está sendo utilizado no município de Alta Floresta.

Messias Araújo esclarece que valores repassados a empresa trazem mais economia ao município.

Após denuncias encaminhadas ao departamento de reportagem do site MatoGrossoAoVivo por moradores de Alta Floresta, fomos abordar o responsável pela Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Segurança, Messias Araújo, que confirmou ao jornalista Danny Bueno que a secretaria repassa mensalmente o valor de R$ 7.900 reais em forma de aluguel, a empresa que fornece o “sistema”, do equipamento adquirido pelo município para efetuar a autuação de multas contra infratores que venham a ultrapassar os limites de velocidade estabelecidos pelo Código Nacional e Municipal de Trânsito.

Segundo Messias Araújo, caso o município tivesse comprado o equipamento teria que desembolsar cerca de 150 mil reais por uma única peça, por isso preferiu fazer a locação do aparelho, que tem inclusa a manutenção do sistema para o controle e emissão das multas, considerando que sairia bem mais em conta para os cofres municipais.

O equipamento que é conhecido como “radar portátil estático”, é fabricado pela empresa norte americana, Laser Tech, que tem um sede no Brasil e fornece a diversos municípios de diferentes Estados, segundo Messias Araújo, no Mato Grosso, apenas Alta Floresta, Cáceres e Várzea Grande estão fazendo uso do equipamento em regime de aluguel.

OUÇA AQUI A INTEGRA DA ENTREVISTA COM MESSIAS ARAÚJO:

Para Messias Araújo, o valor do aluguel mensal é “irrisório”, se comparado a incidência dos acidentes de trânsito que acabam sendo reduzidas com a utilização do equipamento, pois a população tende a ficar mais consciente com a sua responsabilidade de manter a velocidade limite e não cometer abusos e excessos que acabariam provocando acidentes no perímetro urbano.

Messias explicou que caso o município viesse a comprar o equipamento, no valor de 150 mil reais, teriam ainda que arcar com uma taxa de 7 mil em manutenção e gastos com o lançamento das multas no sistema, na forma como foi optado pelo município, que é a de locação, esses gastos já estariam embutidos no valor mensal de 7,9 mil reais.

Os repasses dos valores são providos pela própria Secretaria de Trânsito do Município, por meio de orçamento próprio da Secretaria de Trânsito, aonde todas as arrecadações devem estar prevista do artigo 120 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, o que provê meios com que a secretaria possa retornar em fiscalização ostensiva e melhorar as condições do trânsito após com os valores arrecadados, e seria com esse orçamento que a própria secretaria estaria repassando o valor do aluguel do equipamento, conforme estabelecido em contrato.

Messias Araújo relatou que o equipamento também é utilizado em casos de uso indevido de celular ao dirigir e avanços de sinal vermelho que tem aumento de incidência no município, o que classificou como uma prática infeliz da população, mas, que acredita ao longo do tempo, com a utilização do equipamento, as pessoas estarão se corrigindo para evitar serem autuadas por tais infrações.

Além disso, há um planejamento da secretaria de adquirir mais alguns equipamentos no futuro, mas, no momento pretendem apenas adequar junto a população, até que esta esteja acostumada e consciente de que o equipamento veio para manter a ordem e a coibir práticas irregulares de alguns motoristas, segundo ele, é comum em alguns pontos estratégicos e já bem conhecidos da cidades alguns motoristas e condutores de motos abusarem da velocidade e praticarem manobras proibidas no trânsito que colocam em risco qualquer outro cidadão, pedestre ou mesmo motorizado.

Messias Araújo fez questão de frisar que a intenção da Secretaria de Trânsito não é “industrializar a multa”, tanto que por isso foi adquirido inicialmente apenas um equipamento, para promover a adequação e a educação daqueles que insistem em abusar na direção de seus veículos, e que quando isso for alcançado, o órgão venha a investir na aquisição de mais equipamentos como este.

Para concluir, Messias Araújo disse que os limites da utilização na rodovia MT 208, que faz em parte do perímetro urbano municipal aonde o radar poderá ser utilizado, correspondem faixa da rodovia MT, que vai do Bairro Panorama até ó Bairro Universitário.

 

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