Ele fez as declarações durante um evento da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Brasília, na quarta-feira (12).
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que a democracia brasileira foi salva da censura, da tortura e do bolsonarismo.
“Derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse Barroso.
Barroso foi vaiado por um grupo de estudantes de enfermagem que estavam presentes no evento. Em Setembro do ano passado, o ministro suspendeu a decisão do Congresso Nacional que determinou a implementação do piso salarial para a categoria em todo o país. Com o governo federal liberando R$ 7 bilhões para Estados e municípios, ele revogou a decisão.
“Fui eu que consegui o dinheiro da enfermagem porque não tinha dinheiro”, afirmou Barroso. “Não tenho medo de vaia, porque temos um país para construir.”
O ministro ainda disse que receber críticas e vaias faz parte do processo democrático. “Saio daqui com as energias renovadas pela concordância e pela discordância, porque essa é a democracia que nós conquistamos.”
Barroso também afirmou que ajudou a interromper um movimento golpista. “Mais recentemente conseguimos resistir a um golpe de Estado que estava a caminho”, disse.
“Portanto, temos compromisso com a história, com a verdade plural e com a obrigação de fazer um país melhor e maior.”
As declarações de Barroso foram recebidas com críticas por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles acusam o ministro de se envolver na política e de ser parcial contra o governo Bolsonaro.
O ministro do STF, no entanto, defende que está apenas cumprindo seu papel de defender a democracia e a Constituição. Ele diz que não tem medo de críticas e que está disposto a enfrentar qualquer desafio para proteger a democracia brasileira.