O material foi coletado no início do mês de junho (dia 2 ele e dia 4 ela) e até ontem, 13 dias após a coleta, ainda não havia chegado na SMS.
Foto: Arquivo da família
A advogada Marlei Medeiro Ribeiro fez um desabafo em um grupo privado da 8ª subseção da OAB, nesta terça-feira, 16/06, para denunciar a angústia que ela e seu marido, Vagner Ribeiro, estão passando pela demora na chegada de exames que realizaram para COVID-19 Vagner é motorista de aplicativo e com a pandemia, ao ver seus rendimentos caírem (e também da esposa, que é profissional liberal), aceitou uma oferta de emprego para fazer “freelance” como motorista de ambulância. Vagner, desde o início da pandemia, revezava suas responsabilidades entre o translado de pacientes e também dos materiais colhidos para exames para Covid 19, até o Lacen-MT (Laboratório Central de Mato Grosso). Numa destas viagens, foi contaminado pelo novo Corona vírus. “Por consciência nos isolamos e no dia 02 procuramos o posto da B”, explicou a advogada. Segundo Marlei, no dia 30 de maio o marido sentiu os primeiros sintomas, no dia 02 de junho, após o auto isolamento, foi feita a coleta do exame, entretanto o quadro clínico de Vagner foi se agravando, “buscamos o postinho por mais de 4 vezes. Fazia a consulta a médica colocava aquele aparelho, dizia que o Pulmão estava bom e mandava para casa”. No dia 04 a advogada também começou a sentir os primeiros sintomas, procurou o postinho e também fez a coleta de material. Mas o quadro começou a ficar ainda mais tenso na sexta-feira, 12:
O casal, no dia 8 de junho, retornou ao posto de saúde (posto da Rua B) momento que foi aplicado soro e orientados a retornar para casa.
O tom da denúncia subiu, no momento em que a advogada reclama, sem chamar desta forma, de negligência das equipes de acompanhamento, “nunca vieram perguntar para nós com quem nós estivemos antes de sentir os sintomas, nunca vieram na nossa casa saber se estamos cumprindo o isolamento”, explicou. Para nossa reportagem ela revelou que, a despeito da negligência em sequer tentarem identificar a origem da transmissão, ao menos no que diz respeito ao atendimento clínico as equipes têm feito os contatos diariamente, para relatar a evolução da doença. Casal tem um filho – O casal Marlei e Vagner, possui um filho pequeno, e como ambos são profissionais liberais (ela advogada e ele motorista de aplicativo), decidiram, com o início da pandemia, deixar a criança com a avó materna. “Desde o início sabíamos dos riscos e da necessidade de cuidados redobrados principalmente pelo fato do Vagner ser do grupo de risco. Quando ele decidiu aceitar fazer as viagens levamos nosso filho para a casa dos meus pais”, explicou, comemorando que o filho e os pais não terem sido contaminados. “Nas viagens, Vagner sempre levava pacientes com quebraduras ou outras enfermidades que não tinham qualquer relação com o Covid. Na última semana do mês de maio ele fez 3 viagens para Cuiabá”, explicou, falando da periodicidade das viagens. ALTAIR NERY – DIÁRIONEWS |
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