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Investigações apontam que 4,6 milhões apreendidos pela Polícia Civil de Alta Floresta seriam para compra de ouro ilegal

(Last Updated On: 21 de maio de 2020)

O valor continua em poder da justiça que determinou o depósito em um banco da cidade e aguarda o prazo para que o piloto apresente documentos que comprovem a procedência e a legalidade da quantia com cifras milionárias.

A polícia contabilizou cerca de R$ 4.679,750 reais em poder do piloto que justificou ser para compra de ouro no Pará. (Imagem oficial)

Para o delegado Vinícius Nazário, titular da Delegacia Municipal de Alta Floresta, que conduz as investigações do caso, uma das mais fortes hipótese da origem do dinheiro seria para comprar de ouro clandestino, ou ilegal, pois que nenhuma grama desse minério que seria comercializado com o dinheiro apreendido iria constar nos registro da Receita Federal, que contabiliza toda a extração e comercialização das riquezas minerais.

Na semana que passou, agentes da Polícia Federal estiveram reunidos com Dr. Vinícius Nazário, na delegacia de Polícia Civil para reforçar as investigações, e se acaso o dinheiro for meso fruto de “lavagem” para a aquisição de ouro ilegal, o que configura crime federal, as coisas devem ficar bem difíceis para o italiano, Francesco Turizziani, de 61 anos, piloto do avião no avião Cessna Aircraft 206T, prefixo PR-RMH, ano 2005, que fez pouso forçado no último dia 30/06 (Domingo), que alegou primeiramente em seu depoimento que seria o proprietário do montante e que o mesmo seria utilizado para negociações de um suposto avião que havia adquirido, mas, também confirmou que uma parte seria usada para compra de ouro, não especificando se as condições da comercialização do minério seriam legais ou não.

 A movimentação milionária pode passar dos R$ 100 milhões com envolvimento de empresários. Não foram mencionados mais detalhes do andamento das investigações. O dinheiro continua apreendido,  depositado em um banco até a justiça decidir a destinação.

O piloto tem condenações pelos crimes de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “O piloto não foi autuado em razão de não haver elementos para sua prisão. O dinheiro apreendido com ele não tem origem ilícita comprovada. Por isso, foi instaurado o inquérito policial para apurar possível lavagem de dinheiro, proveniente de tráfico de drogas ou outra atividade ilícita. Em pesquisa preliminar, feita na localidade, não foram identificados antecedentes criminais, mas pedimos levantamento pormenorizado à Diretoria de Inteligência, em Cuiabá, que conseguiu levantar que ele respondeu um inquérito, em 2002, na Justiça Federal. No entanto, isso não é elemento de prova para sua autuação em flagrante referente à apreensão do dinheiro, que é objeto de investigação de possível lavagem de ativos financeiros”, explicou Nazário, no dia da apreensão da aeronave e do dinheiro.

A aeronave que fez o pouso forçado, é avaliada em aproximadamente R$ 2 milhões, também está apreendida. O avião saiu da cidade de Sorocaba (SP) com destino a Itaituba (PA). O plano de voo tinha previsão de duas paradas para abastecimento, uma em Jataí (GO) e outra em Alta Floresta. Segundo o piloto, ele percebeu problemas na aeronave em Jataí, mas mesmo assim decidiu seguir a viagem.

Em Alta Floresta, ele precisou fazer um pouso forçado na pista rural. O avião foi localizado no final da pista em uma área de pastagem, aberta e sem nenhuma bagagem. A investigação seguirá na linha de lavagem de dinheiro e ocultação de bens (dinheiro e valores).

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