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Raiva Bovina preocupa criadores que temem por uma epidemia em andamento

(Last Updated On: 17 de dezembro de 2018)

O pecuarista Adilson Polizer, de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, perdeu seis animais na última semana.

Morcego transmissor da raiva, está sendo encontrado na região de Alta Floresta.

De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), três dessas mortes foram ocasionadas por raiva, que é transmitida por morcegos, conforme exames.

Segundo a presidente do Indea, Daniela Bueno, assim que avisados do ocorrido, fiscais foram até a fazenda para verificar a situação e coletar material para exames.

“Fomos informados da morte de um bezerro, na sexta-feira (7), mas chegando lá encontramos outros dois animais mortos. Os fiscais foram ao local, coletaram material e, na segunda-feira (10), recebemos o resultado positivo”, relatou.

Assim que tiveram acesso ao resultado, os fiscais voltaram à propriedade e vacinaram cerca de mil animais, entre bois, vacas, bezerros e novilhas.

De acordo com o pecuarista, as mortes ocorreram uma seguida da outra e de forma rápida. Apesar do laudo ter confirmado a incidência de raiva em apenas três casos, ele suspeita que outros três animais também tenham sido vítimas da doença.

Depois dos casos confirmados, os fiscais do Indea estão percorrendo a região e já notificaram 119 propriedades, em um raio de 12 km. Todas devem vacinar o rebanho contra raiva.

“Os pecuaristas notificados têm um prazo de 10 dias para fazer a vacinação e todos os animais devem receber a dose”, explicou Daniela.

Ainda segundo ela, os agentes buscam de onde estão vindo dos morcegos que transmitem a doença para que possam exterminar o vírus.

“Estamos procurando onde esses morcegos estão alojados para fazermos a captura”, completou.

 

Raiva bovina

Transmitido pela picada de morcegos hematófagos, que são portadores, reservatórios e transmissores do vírus, por meio da saliva infectada que, pela mordedura ou lambida em alguma ferida aparente do animal, transmite a raiva. O vírus não tem tratamento. Por isso, a alternativa é a vacinação.

Após a contaminação, o animal tem até três meses de vida, período em que se desenvolvem sintomas como isolamento, agressividade, salivação e dificuldade ao andar. O ser humano também pode ser infectado.

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