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IBAMA de Alta Floresta vai investigar com rigor morte de Arara Canindé em bairro da região central do município

(Last Updated On: 18 de julho de 2019)

A pena para o crime cometido pode variar de seis meses a um ano de detenção e multas que chegam até 4 mil reais dependendo dos agravantes e das circunstâncias em que foram mortas as aves.

O crime teria sido praticado a cerca de 20 dias, mas, só foram denunciados agora por medo de sofrer represálias dos envolvidos

A agência regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA de Alta Floresta, confirmou que estará instaurando procedimento investigatório para constatar as causas que levaram a morte de uma Arara Canindé e o ferimento de outra que foi encaminhada ao Hospital Veterinário (HOVET) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Sinop.

O caso repercutiu com grande preocupação no município que é reconhecido por conviver pacificamente com diversas espécies de animais silvestres que são vistas pela população no cotidiano, em horários específicos do dia, normalmente pelas manhãs e ao cair da tarde.

A ave morta foi encontrada em um bairro localizado no Setor G, área nobre e central do município e já está sendo investigado tanto pelo IBAMA como pela Polícia a forma como a animal veio a ser abatido, suspeita-se de que tenha sido por espingarda de pressão, a qual é possível ser feito disparos a longa distância com projéteis conhecidos como “chumbinhos”, que são mortais para aves de pequenos, médios e até grandes portes. 

A segunda ave abatida, teria ficado apenas co ferimentos nas asas e  por isso foi encaminhada as pressas para Hospital Veterinário (HOVET) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Sinop, aonde será devidamente avaliada, iniciando o processo de reabilitação para que possa ser reintegrada ao seu habitat o mais breve possível.

O crime ambiental cometido contra a primeira ave teria sido praticado a cerca de 20 dias, mas, só foi denuncia do agora e trazido a público, a segunda, com ferimento em uma das asas, ficou pelo menos dois dias em uma pequena árvore, até ser vista por duas agentes de endemias que resolveram acionar imprensa após não terem sucesso chamando Corpo de Bombeiros.

“Ficamos preocupadas. Na rua de cima, tinha uma morta e agora essa aí ferida, tipo ‘gritando’, parecendo pedindo ajuda resolvemos também ver o que poderíamos fazer, já que é um animal que não faz mal a ninguém e não podemos deixar que fique assim”, comentou a agente de endemias, Aline Pereira.

Moradores disseram que no mesmo quarteirão que outros animais já foram vistos machucados ou mortos nas imediações.

“Mas não vou me comprometer não. Não sei do que essa pessoa ou pessoas são capazes a quem denunciar”, recuou uma testemunha.

A analista ambiental do IBAMA, Jocelita Giordani disse que já tinha recebido comunicado sobre bichos machucados e até mortos. Agora que fez o resgate da Arara Canindé com vida, abrirão procedimento investigatório para apurar os fatos que estão ocorrendo naquele bairro.

Giordani, disse que fazer julgamento precoce não pode, até porque não se tem nenhuma testemunha de crimes no local, mas deixou claro que, se for descoberto algum tipo de abate com armas ou mesmo envenenamento, caberá punição, sendo prevista até cadeia.

 

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