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Tiro e Queda: Saldo do jogo no Maracanã (dentro e fora), três gols e duas mortes

(Last Updated On: 19 de junho de 2020)

O futebol voltou. E o placar no Maracanã deixa claro que não houve vitoriosos. 3 x 2.

No campo, o Flamengo marcou três vezes. No mesmo Maracanã, ao lado, no hospital de campanha para atender pacientes com Covid 19, 2 pessoas morreram, apenas ontem, o que não deixa dúvidas, todo mundo perdeu, quem fez três, e os que perderam dois.

Perderam os familiares das duas pessoas mortas (talvez até sejam torcedores do Flamengo ou do Bangu). Perdeu a saúde pública, perdeu a honorabilidade. A decisão de retomar o campeonato é da Ferj, Federação de futebol, com apoio do prefeito do RJ e do presidente da república, aliás, quem foi “negociar” o apoio para o retorno do futebol junto ao JB, foi justamente o presidente do Flamengo, que foi alvo de manifestação de flamenguistas conscientes, na parte externa do estádio. “Apoiador de Genocida” dizia uma das faixas.

Dois clubes, Fluminense e Botafogo são radicalmente contra a volta do futebol neste período de pandemia. Seus jogos estão marcados para o início da semana que vem. A história dirá se eles irão sucumbir à decisão ditatorial da Ferj. Quem sabe este placar vergonhoso de ontem à noite, com saldo de dois mortos no Maracanã, não faça esses dirigentes por a mão na consciência. Definitivamente, não há o que comemorar.

Por outro lado…

Ontem foi dia intenso na política brasileira. “Flávio” Queiróz, ex-assessor do “Fabrício” Bolsonaro, foi preso. Tá, entendi, os nomes estão trocados, mas é uma forma metafórica de dizer que os dois se confundem e viram apenas um nesta sujeira toda no RJ e além RJ.

A prisão de Queiróz, pôs fim a um dos memes mais vistos dos últimos tempos na internet, e curiosamente, o meme campeão de “visualização” tratava justamente do “sumiço” do Queiróz. “Cadê Queiróz” pode até ter sumido da internet, porque agora todos sabem que ele está lá, na prisão de Bangu.

Entretanto, o fim do “cadê Queiróz” abre-se a temporada do “cadê a esposa do Queiróz”. Isso mesmo, cadê? Como ela convive há muitos anos com o Queiróz, é de se supor que entenda tudo de sumiço também, correto? Só o tempo irá dizer.

As reações pela prisão do queridinho do clã Bolsonaro, por todas as explicações tornadas públicas na imprensa nacional, foram de todos os modos.

Dos Bolsonaros, claro, apoio à Queiróz e criticas à Polícia, da extrema direita, incredulidade, da esquerda, deboche, do centrão, esfrego de mãos, afinal, a cada passo que as polícias dão no entorno do clã Bolsonaro, além de fechar o cerco, aumenta o valor financeiro do apoio dos partidos de centrão ao presidente em possível, provável, indispensável, processo de impedimento que se avizinha.

Outro assunto de Brasília, foi a demissão do ministro da “inducassão”, o Abrahan Weintraub, esse já se foi. Aliás, esse, é simplesmente o 10º ministro a deixar o governo bolsonarista. Sabe aquele discurso de “fechado com Bolsonaro”? pois bem, a duras penas os ministros (e outros, como a Sara inverno, o Bebbiano, a Regina Du (sem arte) até o advogado autointitulado “dos Bolsonaros”) estão percebendo que o “chefe supremo”, ao primeiro sinal, abandona esse povo na curva do rio (lá onde só fica a galhada, as tranqueiras, as sujeiras, quem é ribeirinho mata essa de primeira). Será que vem aí uma nova versão de “fechados com Bolsonaro”?




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