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Prefeito de Alta Floresta veta revogação que destituía teto de um salário mínimo para servidores e projeto volta para votação na Câmara

(Last Updated On: 20 de maio de 2020)

Alegando invasão de competência, o prefeito de Alta Floresta não sancionou a revogação votada na Câmara que traria de volta a estabilidade salarial ao quadro funcional de servidores da administração pública municipal.

Com o veto a revogação aprovada o prefeito racha sua base aliada e agrava mais ainda a desarmonia com a Câmara Municipal.

Mesmo após a revogação ter sido votada por unanimidade pelos 13 vereadores, bastava apenas que o prefeito sancionasse o projeto para trazer de volta a contratação de servidores por salários mais justos e compatíveis com as categorias, e assim, tentar harmonizar os setores basilares da prefeitura que são os maiores responsáveis pelo bom funcionamento operacional da máquina pública, que são o setor de obras, saúde e educação.

Mas, contrariando as expectativas dos servidores mais otimistas, Aziel Bezerra não só vetou a revogação aprovada pela Câmara, como ainda acusou os vereadores de estarem querendo fazer o serviço do executivo, ou seja, alegou a “invasão de competência”, que estabelece os limites que cada poder tem para desempenhar seu papel na ordem administrativa do município.

Com isso, além de não mexer um milímetro nos valores dos salários de contratação de servidores, aqueles que detém qualificações que possibilitam ganhos mais dignos, o prefeito de Alta Floresta dá um duro golpe na relação de harmonia com a Câmara de Vereadores, coisa que já não estava lá aquelas coisas.

O projeto que revogava os valores dos salários, de autoria do vereador Dida Pires (PPS), crítico ferrenho da cambaleante administração Aziel Bezerra (MDB), volta agora para a Câmara Municipal, aonde será novamente votado para a quebra do veto do prefeito ou a continuidade dos valores de um salário mínimo, como teto para a contratação de servidores com salários de mercado profissional bem acima de R$ 998,00.

Sem dúvidas alguma a administração Aziel Bezerra ficará marcada como a mais controversa e impopular de todas, superando até mesmo a sua administração anterior que já vinha marcada por dissabores com a maioria dos servidores, que não conseguiram a realização de um segundo concurso público prometido desde a primeira gestão.

Bastasse agora que o prefeito Aziel Bezerra acatasse a revogação da Câmara e desse uma enxugada nos cargos comissionados de alguns apadrinhados pela classe política, com salários exorbitantes em funções que pouco fazem além esperar cumprir o horário de ir pra casa, e não adianta ratear comigo que se bobear acabo colocando aqui na coluna uma lista de nomes de pessoas que ganham por 5 servidores de um salário mínimo e servem pra praticamente nada no quadro administrativo da prefeitura, além de não possuírem a qualificação necessária para o posto que ocupam.

Se fizessem isso, sobraria sim um bom dinheiro para contratar pessoas que realmente servirão com esteio para o município, mas, se não fez agora é ver aonde fica o “bril” dos vereadores que foram afrontados com o “passa moleque” do chefe do executivo, que os acusou de estarem metendo o nariz na roça dele.

 Na verdade, o blefe do prefeito só serve mesmo de pura cortina de fumaça, pois ele bem sabe que, legislativamente, os vereadores tem sim todo o poder de desfazer aquilo que eles mesmo criaram, apenas pretende ganhar tempo para chegar perto do prazo, em que obrigatoriamente, já assumiu junto ao TCE e Ministério Público a realização de um novo concurso público nos próximos 90 dias, e com isso dar uma aparência de que ainda tem fôlego administrativo pra cantar de galo em sua cozinha.

Como sempre, o povo e a classe trabalhadora do município que deveria ser a mais respeitada e valorizada fica no meio da queda de braços e astúcias dos políticos que guiados por delinquentes cegos, caminham em direção ao abismo da ignorância e concordância de que de tanto mentir a si mesmos acabam por acreditar que estão fazendo o bem, quando na verdade estão fazendo o mal.

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