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Câmara Municipal de Sinop aprova lei que proíbe linguagem neutra nas escolas do município

(Last Updated On: 22 de outubro de 2021)

Na sessão do dia (13/10), por 13 votos contra um, os parlamentares aprovaram o projeto do vereador Hedvaldo Costa (REP).

Foi aprovado na Câmara de Vereadores de Sinop (479 km de Cuiabá) projeto proibindo o ensinamento da linguagem neutra nas escolas públicas e particulares do município. 

“Quando a União e o Estado não legislam o município pode legislar. Nós estamos legislando. A ideia é proteger além da língua portuguesa”, disse.

O autor do projeto confirmou que o objetivo é proteger a família. “Muitas pessoas querem destruição do casamento, querem destruir a vida de uma criança que está sendo gestada. Este projeto de lei vem para defender a família”, destacou o parlamentar.

Deputado também cria projeto que veda utilização de pronomes neutros

Com o objetivo de assegurar o direito dos estudantes de aprender a norma culta da língua portuguesa, o deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) apresentou o Projeto de Lei nº 511/2021, que prevê a proibição do uso de pronome neutro nas escolas de Mato Grosso.  

O texto determina que o aprendizado da língua portuguesa nas instituições de ensino público e privado seja feito com base nas Diretrizes Curriculares Nacional – DCN, com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa – Volp e com a grafia fixada no Tratado Internacional Vinculativo do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa, de 16 de Novembro de 1990. 

A proposta também inclui a vedação do uso da linguagem neutra em documentos oficiais da administração pública, materiais didáticos e curriculares, os editais públicos, ações culturais, desportivas, sociais e publicitárias que recebam verba pública de qualquer natureza. 

Para o parlamentar, a permissão da inclusão da linguagem neutra nas escolas do estado dificultaria ainda mais o já complexo aprendizado da matéria pelo aluno nas salas de aulas

“Vemos uma crescente intensão de promover no nosso país a linguagem neutra onde a língua portuguesa ficaria completamente danificada principalmente no âmbito de nossas escolas”, explicou o deputado.

Pelo projeto, a violação da regra poderá acarretar em sanções tanto às instituições de ensino quanto para os profissionais de educação. 

A linguagem neutra ou não binária, apesar de ter surgido com o propósito de inclusão, apresenta uma proposta de alterar o idioma com a utilização de vogais, consoantes e símbolos que não identifica o gênero masculino ou feminino nas palavras.

O debate sobre o assunto entrou na esfera política no ano passado, após o centenário Colégio Franco-Brasileiro, no Estado do Rio de Janeiro, anunciar que a “neutralização de gênero” foi adotada pela instituição devido ao “compromisso com a promoção do respeito à diversidade e da valorização das diferenças no ambiente escolar”.

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