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“Precisa de um certo nível de preparação para suportar carga de estresse”, diz comandante do Bope

(Last Updated On: 23 de junho de 2018)

O comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar de Mato Grosso, o tenente-coronel Ronaldo Roque da Silva, afirmou que para ser um oficial do Bope a exigência é alta. De acordo com ele, muitas operações em que os policiais do Bope atuam são de alto risco, por isso o próprio treinamento do curso já é pesado. Muitos policiais tentam, mas apenas uma pequena parte conclui os cursos.

O comandante reconhece que o Bope, de todos os estados, ficou mais conhecido após o sucesso do filme Tropa de Elite. Na produção cinematográfica é mostrada a dificuldade que os policiais enfrentam durante o curso. O tenente-coronel explicou que a realidade não é muito diferente do que foi mostrado.

“Aquele é um dos cursos de especialização, que habilita o profissional a atuar no Bope. Mas existem outros. Um deles que é o Curso de Operações Especiais (Coesp), que chamam de Caveira. E são cursos bem difíceis, é pesado, tanto na questão física, psicológica, e na exigência técnica”.

Roque explica que o nível de dificuldade é alto porque na prática profissional do Bope muito é exigido do policial. Para poder participar do curso o policial deve ter no mínimo dois anos de atuação na polícia e passar pelo processo seletivo, que consiste em avaliação médica, avaliação física e avaliação psicológica. Devido ao alto nível de estresse e periculosidade de algumas operações eles precisam de um treinamento diferenciado.

“As ações que nós participamos, e que este profissional está sendo preparado para atuar, demanda dele atributos específicos, atributos diferenciados do próprio policial que executa as atividades rotineiras. Então por exemplo, é preciso um certo nível de preparação para suportar determinada carga de estresse, tem que ter um treinamento diferenciado”.

Mesmo depois que um policial entra para o Bope os treinamentos continuam. O tenente-coronel explica, no entanto, que estes são diferentes do que é mostrado no filme.

“Os treinamentos diários nossos não são iguais àqueles, são condições distintas. Os treinamentos para quem já está na unidade, já passou do período de formação, é diferente, são treinamentos técnicos, treinamentos em que você exige o emprego de equipamentos específicos, e aí não tem como você aplicar aquilo lá no treinamento diário nosso”.

O tenente-coronel afirmou que são inúmeras as especificidades em que o Bope precisa ter para atuar. Em Mato Grosso são realizados dois cursos após o período de formação.

“Nós temos no Bope dois cursos que habilitam o profissional a ser um operador da equipe de intervenção. Tem o Curso de Ações Táticas Especiais, com duração de 60 dias, e o Curso de Operações Especiais, com duração de cinco meses. Ambos os cursos proporcionam e capacitam o profissional e o credenciam a ser um operador do Bope”.

Em Mato Grosso o Curso de Operações Especiais está em sua terceira edição. Na primeira ingressaram 60 policiais, mas apenas 13 se formaram. Já na segunda edição ingressaram 55 policiais e se formaram 6. Na edição deste ano, iniciada em 2 de março, iniciaram 35 policiais.

Neste curso, o tenente-coronel afirma, eles recebem treinamento em diversas especialidades como de atiradores de precisão, negociadores de ocorrências de crise, esquadrão de profissionais técnicos em explosivos, profissionais de policiamento com cães, entre outros.

“Eles recebem conhecimento de armamentos, dos mais diversos, de ações e intervenções táticas, recebem conhecimentos básicos de atirador de precisão, realizam incursões em ambientes diversos, com Pantanal, Cerrado, selva, treinamentos em altura. É um treinamento que habilita o profissional para qualquer situação”.



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LINK DA NOTÍCIA:“Precisa de um certo nível de preparação para suportar carga de estresse”, diz comandante do Bope
FONTE: CENÁRIO MATO GROSSO
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