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Professores de Alta Floresta atendem comando de greve estadual e paralisam atividades escolares por 24 horas

(Last Updated On: 24 de abril de 2019)

A paralisação dos profissionais da educação no município de Alta Floresta segue o rito do ato nacional que integra a 20° Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.

Os professores se encontraram em frente a sede do legislativo municipal aonde foram discutidas as indicações de greve, exposição de faixas e os encaminhamentos para as autoridades municipais e estaduais.

Em todo o Estado de Mato Grosso, são 128 escolas, de um total de 368, municipais e estaduais, que aderiram ao comando de greve e protestam contra a defasagem salarial e também o atual formato apresentado pelo governo federal na Reforma da Previdência.

O total de escolas paralisadas em todo o Estado correspondem apenas a 30% das unidades escolares, mas, segundo o comando de greve já representam uma grande parcela dos profissionais que estão reivindicando aos acordos descumpridos, falta de concursos, valorização e implementação do piso salarial.

Em Alta Floresta o Sintep, conseguiu reunir centenas de professores em frente a Câmara Municipal, e teve contou com o apoio de quase todos os vereadores que prestaram atenção as reclamações e os protestos dos professores municipais quanto as faltas de compromisso com a categoria por parte da prefeitura municipal.

O grupo de professores estava liderado pela representante do Conselho Municipal de Educação e do sindicato, a professora Mônica Marques, diz que há pelos menos 7 anos não há um concurso público na rede municipal, e desde o ano passado já teria sido anunciado pela própria secretaria de Educação a realização de concurso público, mas, até o presente momento nada foi providenciado pela prefeitura.

“Nos estamos com cerca de 70% a 80% dos profissionais que estão atuando nas escolas contratados, e nesta gestão do prefeito Aziel nós não tivemos concurso público na rede municipal de Alta Floresta, e isso é muito grave, por que nós temos os primeiros profissionais que fizeram concurso no ano de 1999 se aposentando, e nós não tivemos reposição desses profissionais”, explica Mônica Marques. “o último concurso foi em 2012, e ainda para apenas 256 profissionais contratados no município…”

o grupo cobra melhorias na educação e mais respeito a toda categoria por parte do Estado e do município, pois a sensação de esquecimento e desprezo é total.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep-MT), que representa a categoria, a paralisação integra um ato nacional, que marca a 20ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.

Além da pauta salarial, os profissionais pedem valorização da carreira e respeito do governo estadual, que “não cumpre com as políticas de estado, que asseguram o direito à educação com qualidade e valorização profissional”.

No estado, a pauta dos trabalhadores também cobra: 

  • Cumprimento integral da lei 510/13 (7,69% mais inflação de 3,43%) mês de maio;
  • Pagamento dos restos a pagar da RGA de 2018 para assegurar Lei da Dobra do Poder de Compras dos profissionais da Educação;
  • Retroativo do parcelamento da RGA;
  • Fim do Parcelamento/Fracionamento salarial;
  • Regularização dos salários, com os pagamentos, até o dia dez do mês, de forma integral;

 

FOTOS DOS PROFESSORES REUNIDOS EM FRENTE A CÂMARA MUNICIPAL DE ALTA FLORESTA (IMAGENS JUNIOR GARCIA):

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