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Gilberto Cattani defende exclusão de Mato Grosso da Amazônia Legal

(Last Updated On: 26 de março de 2022)

Deputado estadual diz que mudança na legislação vai permitir que MT eleve sua produção.

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL), classificou como “espetacular” o projeto de lei de autoria do deputado federal Juarez Costa (MDB), que pede a exclusão de Mato Grosso da Amazônia Legal. Defensores da pauta alegam que, se aprovada, a matéria irá permitir ao Estado triplicar a sua produção.

Cattani salientou que possui divergências ideológicas com Juarez, mas que compartilha do pensamento dele de que, da forma como está, não é o justo para os produtores.

Hoje, com Mato Grosso dentro da Amazônia Legal, toda propriedade rural do Estado é obrigada a manter 80% da floresta nativa.

“Eu acho espetacular. […] Você pagar por 1 mil hectares de área e só pode abrir 200, e o resto ter que deixar de mata e ser o responsável? Eu não concordo com isso. Acho que se você comprou, você tem o direito de fazer o usufruto dela”, afirmou Cattani.

“E isso só acontece porque nós estamos de Mutum para a frente dentro da área amazônica. Se você retira o Estado da área amazônica – que de fato não é, é uma área de transição –, nós conseguimos mudar essa legislação. Automaticamente a legislação cai por terra e nós podemos aumentar a nossa produtividade”, completou.

O projeto é avaliado por ambientalistas e entidades como um retrocesso em razão dos impactos ao meio ambiente.

Questionado se a defesa da matéria por parte dos produtores não seria apenas “pensar no próprio umbigo”, Cattani negou, alegando que se trata de pensar na segurança alimentar.

“Alimentar o planeta Terra, como o Estado de Mato Grosso alimenta, jamais vai ser pensar no próprio umbigo. De forma nenhuma. É pensar na segurança alimentar não só do Estado ou do País, mas do planeta”, disse.

Tramitação

A proposta já foi submetida para análise das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Nacional, Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia e de Constituição e Justiça e Cidadania.

Segundo o autor, o projeto tem o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária e pode ser aprovado apenas pelas comissões, mas caso haja divergências entre os grupos, a proposta passa a ser analisada no plenário.

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