Questionado sobre as ações do governo federal para conter a crise de saúde em Manaus, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (27) que o Amazonas não informou a União que haveria falta de oxigênio nos hospitais do Estado.
Com a falta de oxigênio, pacientes morreram sufocados na capital e também em municípios do interior. De acordo com ele, foi a White Martins, principal fornecedora de oxigênio no Amazonas, que informou o problema na sexta-feira, 8 de janeiro. “E na segunda estava lá o ministro”, disse ele, em referência ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
A um apoiador que sugeriu intervenção federal na saúde do Amazonas, Bolsonaro disse que não pretende tomar a iniciativa. “Primeiro o governo do Estado tem de nos comunicar nesse sentido nos pedindo. A gente analisa e vê se intervém ou não”. Bolsonaro afirmou ainda que não indica, mas apenas “sugere” a adoção de medicamentos como a hidroxicloroquina e a ivermectina contra a covid-19, e destacou que conta com o respaldo do CFM (Conselho Federal de Medicina), para quem a autonomia dos médicos na prescrição de tratamentos deve ser respeitada.
Instado a fazer mais comentários sobre as restrições de funcionamento de estabelecimentos no Amazonas para conter a pandemia, Bolsonaro aproveitou para criticar o governador de São Paulo, João Dória. “O de São Paulo fechou e foi para Miami”, disse, sobre a viagem do tucano no fim do ano. Segundo Bolsonaro, hotéis e restaurantes poderão demitir um milhão de empregados se essas restrições forem mantidas. Em São Paulo, eles terão de fechar às 20h em dias úteis e durante todo o fim de semana. Em reunião com o presidente, o setor pediu ao governo a retomada de políticas como a redução de salários e jornada, adotadas em 2020. “Fomos ao Ministério da Economia tratar desse assunto e em parte está resolvido”, disse. Também em razão das restrições, ele criticou também o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. “BH a mesma coisa, o prefeito vai bater no peito aqui quem manda sou eu, e o ditador sou eu né”, disse.
Bolsonaro recomendou ainda que as reclamações sobre fechamento de estabelecimentos comerciais sejam cobradas dos prefeitos e governadores:
Sobre as críticas que recebeu pelo volume de compras da União em leite condensado, que totalizaram R$ 15 milhões em 2020, Bolsonaro disse que as explicações serão dadas em live hoje (28/01 – Quinta), ao lado do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner do Rosário.
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FONTES: AGÊNCIA BRASIL/GAZETA BRASIL
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