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Bolsonaro: “Amazonas não informou que haveria falta de oxigênio nos hospitais”

(Last Updated On: 28 de janeiro de 2021)

Questionado sobre as ações do governo federal para conter a crise de saúde em Manaus, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (27) que o Amazonas não informou a União que haveria falta de oxigênio nos hospitais do Estado.

“Nós demos dinheiro, recursos e meios. Não fomos oficiados por ninguém do Estado na questão do oxigênio”

Com a falta de oxigênio, pacientes morreram sufocados na capital e também em municípios do interior.
“Nós demos dinheiro, recursos e meios. Não fomos oficiados por ninguém do Estado na questão do oxigênio”, disse Bolsonaro ao chegar ao Palácio da Alvorada.

De acordo com ele, foi a White Martins, principal fornecedora de oxigênio no Amazonas, que informou o problema na sexta-feira, 8 de janeiro. “E na segunda estava lá o ministro”, disse ele, em referência ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

“Atualmente está equalizada a questão do oxigênio. Agora, lá no Estado, tem que ter gente para prever quando vai faltar uma coisa ou não, para tomar providência. Nós aqui fomos além daquilo que somos obrigados a fazer”, afirmou.

A um apoiador que sugeriu intervenção federal na saúde do Amazonas, Bolsonaro disse que não pretende tomar a iniciativa. “Primeiro o governo do Estado tem de nos comunicar nesse sentido nos pedindo. A gente analisa e vê se intervém ou não”.

Bolsonaro afirmou ainda que não indica, mas apenas “sugere” a adoção de medicamentos como a hidroxicloroquina e a ivermectina contra a covid-19, e destacou que conta com o respaldo do CFM (Conselho Federal de Medicina), para quem a autonomia dos médicos na prescrição de tratamentos deve ser respeitada.

“A gente não indica, a gente sugere, pra deixar bem claro. O médico que decide, na ponta da linha”, disse.

Instado a fazer mais comentários sobre as restrições de funcionamento de estabelecimentos no Amazonas para conter a pandemia, Bolsonaro aproveitou para criticar o governador de São Paulo, João Dória.

“O de São Paulo fechou e foi para Miami”, disse, sobre a viagem do tucano no fim do ano.

Segundo Bolsonaro, hotéis e restaurantes poderão demitir um milhão de empregados se essas restrições forem mantidas. Em São Paulo, eles terão de fechar às 20h em dias úteis e durante todo o fim de semana.

Em reunião com o presidente, o setor pediu ao governo a retomada de políticas como a redução de salários e jornada, adotadas em 2020.

“Fomos ao Ministério da Economia tratar desse assunto e em parte está resolvido”, disse. Também em razão das restrições, ele criticou também o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.

“BH a mesma coisa, o prefeito vai bater no peito aqui quem manda sou eu, e o ditador sou eu né”, disse.

“Essa política de fechar eu pergunto, até quando? Esse vírus, queira ou não, a gente lamenta os mortos, mas a gente vai conviver com ele a vida toda. Não é fechando tudo”.

“É irresponsabilidade quem toma essas medidas que não deram certo no passado e continua insistindo com elas”.

Bolsonaro recomendou ainda que as reclamações sobre fechamento de estabelecimentos comerciais sejam cobradas dos prefeitos e governadores:

“Vocês acabaram de escolher prefeitos, então não reclamem comigo. Tem prefeito que foi apoiado pelo governador e votaram nele”.

Sobre as críticas que recebeu pelo volume de compras da União em leite condensado, que totalizaram R$ 15 milhões em 2020, Bolsonaro disse que as explicações serão dadas em live hoje (28/01 – Quinta), ao lado do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner do Rosário.

“Fui chamado até de corrupto por isso, mesmo que eu tome 500 latas de leite condensado por hora não daria conta do recado”, afirmou.

FONTES: AGÊNCIA BRASIL/GAZETA BRASIL

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