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Johnson afirma que sua vacina tem quantidade e condições para atender ao Brasil

(Last Updated On: 31 de janeiro de 2021)

Por ter feito testes no país, empresa pode entrar com um pedido de uso emergencial da vacina na Anvisa.

Negociações não avançaram, mas ministro disse ter intenção de comprar doses do imunizante.

A Janssen Pharmaceuticals, divisão farmacêutica do grupo Johnson&Johnson, informou em nota neste sábado (30) que “disponibilizará sua vacina” contra a Covid-19 no Brasil “na quantidade e nas condições que vierem a ser acordadas com o Ministério da Saúde”.

Em contato com o Ministério para verificar o status das negociações, mas não obteve resposta até a mais recente atualização desta reportagem. No começo do mês, o ministro Eduardo Pazuello disse que tinha interesse em comprar doses da vacina da Johnson (veja mais abaixo).

A companhia diz ter o objetivo de fornecer um bilhão de doses da vacina em todo o mundo em 2021.

Mas não divulgou estimativas de quantas poderiam vir para o Brasil. Entretanto, esclareceu que trabalha em “um modelo sem fins lucrativos durante a pandemia, para que (a vacina) possa ser oferecida por meio do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19”.

A empresa divulgou, na sexta-feira (29), os resultados preliminares de fase 3 de sua vacina, que foi testada no Brasil. O imunizante teve 66% de eficácia contra casos moderados e graves da doença. Isso significa uma redução de 66% nos casos moderados e graves de Covid no grupo vacinado em relação ao grupo não vacinado durantes os testes da vacina.

Por ter feito testes no país, a Johnson pode entrar com um pedido de uso emergencial da vacina na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência que determinou que só pode haver liberação emergencial de vacinas para a Covid que tenham sido testadas em voluntários brasileiros.

Até a manhã deste sábado, nenhum pedido havia sido feito, segundo a Anvisa. Até agora, apenas as vacinas de Oxford e a CoronaVac foram aprovadas no país.

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Ministro garantiu compra
 
Em 7 de janeiro, segundo a agência de notícias Reuters, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu que o governo federal iria comprar doses da vacina da Johnson.
Em pronunciamento no Palácio do Planalto, Pazuello fez elogios ao imunizante, que está sendo desenvolvido pela Janssen, destacando que seus técnicos afirmam se tratar da “melhor negociação”. Contudo, ele disse que “infelizmente” só 3 milhões de doses haviam sido oferecidas ao Brasil – a partir de abril ou maio.

“Para não deixar dúvida, nós comparemos a vacina da Janssen”, ressaltou. 

A vacina, que usa a tecnologia de vetor viral, é a única em etapa avançada de testes com apenas uma dose. Ela também tem a vantagem de poder ser armazenada por pelo menos 3 meses em temperaturas de 2ºC a 8ºC – o que é compatível com a rede de frio de vacinação usada no Brasil. Em temperaturas de –20ºC, ela fica estável por dois anos.

Com informações do G1

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