Redução do consumo de leite pressiona os preços e pecuaristas temem que a conta ‘não feche’ se o movimento continuar nesse sentido.
Após o preço do litro do leite nos supermercados se aproximar de R$ 10, o consumidor decidiu dar uma freada nas compras, o que levou a uma queda nos preços do laticínio, que já pode ser encontrado por até R$ 7 nos supermercados da capital. Apesar de ser boa para o consumidor, essa redução leva preocupação ao produtor, que teme uma baixa de preço no campo, o que pode provocar desequilíbrio entre o faturamento e os custos operacionais.
De acordo com o Instituto de Pesquisa da Fecomércio – IPF/MT, o preço do leite apresentou uma variação semanal de – 2,60% na última semana. Essa, portanto, já é a terceira semana de queda, após um aumento expressivo calculado até o mês de Julho deste ano.
“Esse recuo pode estar relacionado à diminuição do consumo, que mantém os estoques nos supermercados, assim como na melhora das condições climáticas para a produção do item, além da pressão que os preços do leite possuem, considerando a cultura de consumo da população”, avalia o IPF, que aponta que o preço segue em patamar alto ao consumidor.
Esse movimento do mercado já é sentido no campo, na avaliação do presidente da Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso – Aproleite/MT, Dolor Vilela. A preocupação gira em torno da possibilidade de os laticínios reduzirem o preço do leite, desestimulando a atividade, o que também pode provocar falta do produto nas gôndolas dos supermercados.
Outro fator que causa incerteza é que os produtores recebem pela sua produção em um prazo de 60 dias. Isso significa que o produtor só vai saber quanto vai receber muito depois do trabalho realizado, o que dificulta a redução do impacto dessa redução nas contas. Enquanto isso, os insumos como o arame, sal mineral, adubos e outros produtos ligados à cadeia leiteira seguem com preços altos.
“O produtor vai continuar com os mesmos problemas, vai continuar não fazendo frente aos investimentos que ele tem. O custo de produção para ele não recuou, como recuou o preço de combustível. Os insumos não recuaram”, afirma Dolor, em entrevista ao Estadão Mato Grosso, apontando também para a preferência dos consumidores em regularizar a vida financeira.
Dolor diz não ser possível afirmar o que deve ocorrer, mas ressalta que muitos pecuaristas estão desestimulados de produzir. Ele ainda ressalta que o varejo ajusta suas margens com mais facilidade e rapidez, ao contrário do produtor, que recebe a cada dois meses, já sentindo as variações feitas pelos supermercados.
“Houve uma euforia num primeiro momento, porque tudo sinalizava que o leite ia cair, como de fato caiu, mas caiu o consumo junto na ponta. O varejo, nessa hora, é mais ágil. Já o produtor só vai receber por esse produto sessenta dias depois. Então, se ocorrer queda agora, ele vai receber essa queda daqui dois meses”, afirma o presidente da Aproleite.
Dolor Vilela ainda acrescenta que o valor pago ao produtor hoje consegue fazer frente aos custos, mas a possibilidade de se reduzir esse preço já lança incertezas quando à possibilidade de pagar as contas.
“Os preços atuais já contemplam boa parte dos custos. Mas, se houver um recuo, eu sinceramente não sei o que que vai acontecer”, conclui.
FONTE: ESTADÃO MT
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