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PT deixa tese do “golpe” para apoiadores e tenta fechar parcerias com MDB e outros partidos que derrubaram Dilma

(Last Updated On: 13 de maio de 2021)

Com a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao jogo político, integrantes do PT já admitem uma reaproximação com partidos que foram favoráveis ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 e que eram acusados pelos petistas de terem promovido um “golpe”. Tentando formar alianças para as eleições de 2022, Lula tem aberto diálogo com siglas como o MDB do ex-presidente Michel Temer, o PSD e o Solidariedade – todos haviam sido favoráveis ao impeachment de Dilma.

Aos integrantes do PT, Lula tem argumentado que somente com essa reaproximação será possível compor uma chapa que tenha condições de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições do ano que vem. Na semana passada, o ex-presidente esteve em Brasília onde se reuniu com parlamentares e lideranças de outras frentes. As informações são da Gazeta do Povo.

De acordo com interlocutores dos partidos que se reaproximaram do PT, apesar do otimismo provocado pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou as condenações de Lula no âmbito da Lava Jato, o partido ainda enfrenta rejeição pelo país e o discurso “anti-PT” estará presente nas eleições. Mesmo assim, representantes partidários avaliam que Lula será um dos protagonistas de 2022.

Como estratégia para se reaproximar do MDB, que administra o maior número de prefeituras pelo país, Lula tem procurado “caciques” do partido. Entre eles, o ex-presidente José Sarney e os ex-senadores Romero Jucá (RR) e Eunício de Oliveira(CE). Apesar das mudanças que ocorreram nos últimos anos na Executiva do MDB, essas lideranças mantiveram suas influências em seus redutos eleitorais, principalmente no Nordeste.

No recente encontro com Lula, Sarney sinalizou que boa parte do MDB estará com Lula na disputa presidencial. Além disso, os dois ex-presidentes dialogaram sobre as dificuldades de composição em alguns estados, como no Maranhão, onde Roseana Sarney (MDB) é adversária do governador Flávio Dino (PCdoB, aliado do PT) e em Pernambuco, onde o senador Fernando Bezerra (MDB), líder de Jair Bolsonaro no Senado, pretende disputar o governo estadual.

Líderes emedebistas do Norte e Nordeste admitem que, durante as conversas, Lula tem afirmado que é o nome de “centro” no tabuleiro eleitoral. Além disso, a aproximação com os antigos nomes do MDB seria uma forma de tentar neutralizar a ala bolsonarista do partido, concentrada nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Para o líder do PT na Câmara, deputado Bohn Gass (RS), essa reaproximação é natural. Segundo ele, no MDB existem “bons quadros”. “A entrada do Lula no cenário político muda o quadro e tem uma grande procura para conversar com ele. Temos que consolidar a frente de esquerda e precisamos procurar essa ampliação de alianças, desde que ela se dê em cima de programas. O MDB é uma frente de federações e um partido com bons quadros para fazermos alianças”, diz o deputado.

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FONTE: AGÊNCIA BRASIL / TERRA BRASIL

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