Slogan da peça publicitária transmitida pela Igreja Mundial do Poder de Deus diz que o colchão da marca é uma ‘dádiva de Deus’.
A pandemia causada pelo coronavírus está afetando profundamente a economia das igrejas evangélicas, e o bispo Valdemiro Santiago vem se virando como pode para manter as contas em dia. Após vender sementes de feijão que supostamente seriam responsáveis por curar o coronavírus, e ter se complicado junto ao Ministério Público por conta disso, o bispo da Igreja Mundial do Poder de Deus virou garoto propaganda de uma fábrica de colchões. Durante os programas religiosos online, passou a circular entre os cultos e os louvores uma peça publicitária para vender colchão protagonizada pelo próprio bispo. |
No fim, aparece a imagem da marca, com o slogan: “É uma dádiva de Deus”. A empresa de colchões é conhecida no mercado por investir pesado em marketing televisivo. O produto já foi oferecido em programas de TV como os de Luciana Gimenez, Raul Gil e Ratinho. Após a acusação de estelionato pelo MPF, vídeo é retirado do Youtube Ao menos três vídeos do pastor Valdemiro Santiago oferecendo semente de feijão milagrosa, com suposto poder de curar a Covid-19, foram removidos do YouTube. O conteúdo do líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, que sugere depósito de 1.000 reais para receber a planta em casa, foi removido pela plataforma por algumas razões, sendo a principal delas propagar mentira ligada à pandemia. O Ministério Público Federal solicitou ao YouTube a retirada dos vídeos em que Valdemiro Santiago fala dos feijões milagrosos. O MPF também mandou uma notícia-crime ao Ministério Público Estadual para apurar possível estelionato por parte do autodenominado apóstolo. A reportagem de VEJA esteve na sede da Mundial, no bairro do Brás, em São Paulo, quando o religioso falou dos superpoderes do feijão. Com a queda de dízimos como efeito da pandemia, Valdemiro culpou o “Exu Corona” para atrasar o pagamento de aluguel de seus templos. Além disso, ele passou a fazer propaganda colchão em suas lives. Embora confirme a remoção dos vídeos de Valdemiro, o YouTube afirma não ser possível afirmar se eles foram banidos exclusivamente em função do pedido do Ministério Público Federal. A plataforma tem algumas maneiras de evitar a propagação de mentiras e falsas promessas relacionadas à covid. São elas: sistema automático para detectar inverdades; denúncias feitas por usuários; revisores humanos; e comitê composto pelo Programa de Revisor Confiável, que inclui ONGs, médicos e outros integrantes da sociedade civil. O YouTube afirma que 90% dos casos de remoção se dão pelo sistema automático. No último trimestre de 2019, a plataforma tirou do site 5,8 milhões por desrespeitarem algumas de suas normas. Não há dados concretos de conteúdo removidos ligados ao coronavírus. O YouTube fala apenas em “milhares de remoções”, sem cravar um número específico. |
Com informações da Veja
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