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Filha da Superintendente de Saúde Alta Floresta tira férias na Bahia 3 meses após ser contratada

(Last Updated On: 12 de dezembro de 2021)

A viagem de 15 dias, com direito a companhia da prima e do cunhado, que também trabalha na saúde, recém contratado e igualmente chefiado por Maria Sirleide Gonçalves, número um abaixo da Secretária Municipal de Saúde.

Quando pensamos que o simples fato de sermos surpreendidos pela explícita pratica de nepotismo em primeiro grau, já é o suficiente para caracterizar o pior tipo de desrespeito a população alta-florestense, os personagens centrais dessa história conseguem ir além e inovar na pior forma de escarnecer em todos os padrões e princípios da moralidade.

Como já havíamos noticiado com exclusividade, no último dia 07 de Julho (Quarta), denuncias levaram nosso departamento de jornalismo investigativo a descobrir um entroncado esquema de nepotismo estabelecido nas barbas da população alta-florestense, dentro da Secretaria Municipal de Saúde de Alta Floresta, atualmente conduzida pela advogada Sandra Corrêa de Mello, justamente no primeiro escalão da pasta.

A servidora concursada desde 1999, Maria Sirleide Gonçalves da Silva (salário de R$ 5.116,95), nomeada em Fevereiro deste ano, para assumir a função de Superintendente Geral da Saúde, mesmo sabendo que teria sua filha, Carolina Gonçalves Rezende como subordinada direta, pois a mesma já havia sido contratada com 30 dias de antecedência, para atuar no Centro de Atenção Psicosocial – CAPS, e estaria condicionada sob sua chefia direta na cadeia de comando da secretaria de Saúde.

Indiferente as consequências assumidas, as duas, mãe e filha, mantiveram a promíscua relação funcional, diante dos olhares dos demais servidores municipais, como se nada de mais estivesse acontecendo e como se o princípio da impessoalidade não constasse mais nos anais da legalidade pública.

Como se já não bastasse a prática escancarada do nepotismo, faltava ainda ultrapassar a barreira da igualdade, que é um outro princípio, não menos subjetivamente precioso que os demais, e foi exatamente o que fizeram.

Enquanto todos os demais servidores contratados por esta administração, a partir do primeiro dia de mandato faziam cumprir seus horários conforme reza o contrato de trabalho estabelecido e assinado, em que pesa uma carga horária de 40 horas mínimas semanais, para a filha da Superintendente, Maria Sirleide Gonçalves, Carolina Rezende, e o esposo de sua prima (Eluana Gonçalves), o servidor Eliel Valois Costa (Trabalha no administrativo da Policlínica, com salário de R$ 1.676,95), foi concedido, em menos de 3 meses de serviços prestados, 15 dias de descanso prazeirosos (14/04 à 29/04), em praias Bahianas, com um roteiro de viagens de dar inveja a estrelas internacionais.

Eliel Valois, assim como a prima (Carolina Rezende), de sua esposa, também foi contratado com antecedência em Janeiro, antes da Superintendente assumir o posto de chefia na SMS/AF, caracterizando também a mesma situação de impedimento a qual a mesma deveria ter se submetido, pela pratica duplo de nepotismo, mas preferiu ignorar.

O percurso dos dois servidores recém contratados, teve desembarque no Orquídeas Praia Hotel, em Porto Seguro/BA, com passagem pelas praias de “Arraial D`Ajuda”, praia da “Coroa Vermelha”, em Santa Cruz de Cabrália e finalizando com as paradisíacas areias energizantes da “Praia do Espelho” em Trancoso/BA, conhecida rota turística da Bahia

Tudo isso, concedido sob a supervisão direta da superintendente, que na condição de sub-comandante da pasta da Saúde, teve que assinar as liberações juntamente com o Secretário Municipal de Saúde, que na época era o senhor Lauriano Barella, permitindo que os dois parentes desfrutassem de suas inafastáveis regalias, sob o pretexto de que não receberiam pelos dias de ausência no serviço público.

A despeito daquilo que qualquer outro servidor contratado no município de Alta Floresta possa pensar, caso venha a solicitar afastamentos por razões diversas, é difícil de imaginar que, em pleno exercício das funções contratuais, estando a menos de 30% do contrato cumprido (12 meses), consiga receber com tanta liberalidade permissão para gozar de férias e aventuras inesquecíveis que só aqueles que detém a mais íntima relação com os superiores podem merecer.

Enquanto a Secretaria Municipal de Saúde de Alta Floresta, aguarda o parecer da Controladoria Municipal, o desfrute das benesses, favores e concessões recebidas e praticadas pela superintendente Maria Sirleide e sua família soam como um tapa na cara da população que espera no mínimo o mais alto compromisso  e seriedade com a coisa pública, porém o que recebe é o mais absoluto escárnio e deboche com a confiança que a população de Alta Floresta depositou em suas mãos.

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