O delegado estava em Mato Grosso há cerca de dois anos, quando assumiu a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico – DELEMAPH/MT).
O delegado da Polícia Federal Roberto Moreira da Silva Filho, de 35 anos, foi morto nesta Sexta-feira (26/8), durante operação no município de Aripuanã (500 km de Alta Floresta). Informações preliminares são de que o delegado teria sido atingido por projetil que ricocheteou após ter sido efetuado disparo, pelos próprios agentes para cessar a ação do condutor do caminhão que não obedeceu ordem de parada e avançou sobre os agentes.
Um texto divulgado em grupo de policiais federais no WhatsApp confirmou a notícia.
“Prezados Colegas, é com muito pesar que informo o falecimento em serviço do DPF ROBERTO MOREIRA DA SILVA FILHO, chefe da DELEMAPH / MT, na data de ontem (26/08), no município de Aripuanã/MT. Os fatos estão sendo apurados pela equipe de plantão da SR/PF/MT, com apoio da DPF/SIC/MT. Presto as mais profundas condolências à família e aos amigos do estimado colega, que tanto engrandeceu a Polícia Federal com sua dedicação e companheirismo”, dizia a mensagem.
Roberto era chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico – Delemaph da Polícia Federal, formado em Direito pela faculdade Iesplan, de Brasília, com mestrado em Direito Tributário e pós-graduado em segurança pública.
A direção do órgão federal ainda explicou que está acompanhando de perto a investigação sobre as circunstâncias da morte do agente. A morte de Roberto também deverá ser investigada pela Polícia Civil de Aripuanã.
A operação
Realizada em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, a “Operação Onipresente” integra o programa federal Guardiões do Bioma. De acordo com a PF, as ações deflagradas no norte e noroeste do Mato Grosso buscam impedir diversos crimes ambientais, principalmente a extração ilegal de madeira e o desmatamento, e reunir provas para identificar e punir criminosos.
Há anos, a região é alvo da cobiça de madeireiros atraídos principalmente pelo ipê. Em 2018, servidores do Ibama, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Civil de Mato Grosso apreenderam 13 caminhões, 3 pás carregadeiras, 4 tratores adaptados para a retirada de árvores, 2 tratores de esteira, 2 reboques florestais, 8 motos, 12 motosserras, 1 caminhonete e 6 armas de fogo durante uma única operação conjunta.
Vinte e duas pessoas foram identificadas por envolvimento com ilícitos ambientais e por tentarem obstruir as vias e impedir a apreensão dos equipamentos – o que levou os agentes a destruir a maior parte dos bens apreendidos no próprio local.
Recentemente, a PF estimou que ao menos dez caminhões deixam a Terra Indígena Aripuanã diariamente, carregados ilegalmente com toras de madeira de alto valor comercial – o que motivou a corporação a anunciar, em julho, que intensificaria suas ações.
NATIVANEWS
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