Quando o Ministro Dias Toffoli autorizou a abertura do inquérito das “Fake News” ainda em 2019, não imaginou que o Ministro Alexandre de Moraes “pesaria tanto a mão”, a priori a corte vinha sofrendo pesados questionamentos nas redes sociais e até mesmo protestos em frente à casa de Ministros, tudo isso quase que obrigou o STF a tomar uma posição policialesca, para diminuir a tensão. Um assessor do então presidente do STF há época, Dias Toffoli, teve a ideia de fazer a interpretação do Artigo 43 do regimento interno de forma mais extensa e com isso investigar para fora das paredes da mais alta corte judiciária do País. Em um primeiro momento os ministros se sentiram aliviados pois botou algum freio nos ataques pesados que os ministros recebiam por suas decisões que em sua maior parte eram contra ações do governo Bolsonaro, os elogios vieram de imediato com uma declaração positiva até do juiz mais garantista da corte, Gilmar Mendes. O problema foi o “After Day”, esse sacolejo nos seus algozes das redes sociais para alguns ministros já era suficiente, o problema é que o ministro Alexandre de Moraes avançou mais e mais, quando o plenário da Casa chancelou as ações do ministro, ele partiu para ataques mais fulminantes, primeiro prendeu o deputado federal, Daniel Silveira, em pleno o exercício de seu mandato, depois o jornalista, Oswaldo Eustáquio, que dessa prisão resultou em uma paraplegia e por último um presidente de um partido político, isso acendeu a luz vermelha nos seus pares. Com um presidente da República que teve toda sua carreira política com embates pesados em temas polêmicos, esse enfrentamento que Bolsonaro protagoniza agora entre alguns ministros do STF já é uma realidade do seu dia-a-dia e não faz o mandatário da nação mostrar sinais de recuo, muito pelo contrário, o embate corre em suas veias desde quando era vereador no RJ, mas a suprema corte não havia vivido um tensionamento tão grande com outro poder em toda sua história. Agora a bomba caiu no colo do atual presidente da Corte, Luiz Fux um ministro extremamente técnico, responsável pelo grupo de trabalhos que inovou o Código de Processo Civil, que aliás foi apelidado carinhosamente de CPC Fux, o novo presidente da suprema corte terá que convencer seu colega Alexandre de Moraes que o recado já foi dado e que a corte agora precisa diminuir o ritmo nessa pauta e fazer a sintonia fina para garantir a posição que foi conquistada até agora, as ações de Moraes já preocupam pelo menos a metade da composição da corte com essa luta travada na praça dos 3 poderes que ninguém sabe onde poderá chegar. Junior Melo (advogado e jornalista) |
FONTE: AGÊNCIA BRASIL / TERRA BRASIL ___________________________________________
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