A Polícia Civil ainda investiga se o crime teve motivação política.
O ex-presidente e pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou neste Domingo (10) o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, 50, morto a tiros pelo agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho durante festa de aniversário da vítima, em Foz do Iguaçu (PR). A festa de Arruda era decorada com fotos de Lula e as cores do PT, partido ao qual o guarda era filiado. Segundo o boletim de ocorrência, Guaranho invadiu o local acompanhado da esposa e do filho gritando “Aqui é Bolsonaro”. O aniversariante não conhecia o agente penitenciário, que retornou à festa cerca de 20 minutos depois, sozinho e armado, e disparou contra o Arruda. O guarda revidou e efetuou disparos contra Guaranho. Os dois não sobreviveram aos ferimentos. Pelas redes sociais, Lula afirmou que Arruda comemorava a chegada dos 50 anos “com a alegria de um pai que acabou de ter mais uma filha”. O guarda municipal deixou mulher e quatro filhos, incluindo um bebê. “Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda”, disse Lula. O ex-presidente também pediu “compreensão e solidariedade” com os familiares de Guaranho, “que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável”, referindo-se a Jair Bolsonaro (PL). Testemunha relata invasão de bolsonarista André Alliana, amigo da vítima, disse ao UOL que a festa transcorria normalmente quando Guaranho chegou em um carro branco, com a mulher no banco de trás, segurando um bebê de colo. “Achamos que era um convidado, já que também tinha bolsonaristas no local. O Marcelo estava na cozinha e fomos chamá-lo para receber esse homem. Foi aí que vimos que não era brincadeira. Em seguida, ele [Guaranhos] deu a volta de carro, xingou quem estava lá e disse que ia voltar para ‘acabar’ com todo mundo. O Marcelo estava com um copo de chope na mão e acabou jogando nele para expulsá-lo do local”, disse. Com medo, Arruda foi até seu carro e voltou com uma pistola, diz Alliana. “Quinze minutos depois, o cara [Guaranho] voltou sozinho. A esposa do Marcelo, que é policial civil, tentou impedir que ele entrasse na festa. Nisso, o cara começou a atirar. Atingiu a perna do Marcelo e depois atirou no peito dele. O Marcelo também conseguiu atirar nele”, diz. Em nota, a prefeitura de Foz do Iguaçu lamentou a morte de Arruda. O guarda municipal atuou na corporação por 28 anos e também era diretor da executiva do Sindicato dos Servidores Municipais da cidade. |
FONTE: UOL
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