Foram 20 votos favoráveis a cassação, nem um contra e cinco ausências.
A Câmara Municipal de Cuiabá cassou, no fim da manhã desta Quarta-feira (11/10), o mandato da vereadora Edna Sampaio (PT).
Além de perder o mandato, Edna também se torna inelegível por 8 anos por conta da Lei da Ficha Limpa. Em seu lugar, deverá ser chamado o suplente Robinson Cirreia (PT)
“Sairemos daqui de cabeça erguida diante dos covardes”, disse Edna por meio de live em seu Instagram, após o anúncio da sua cassação.
A parlamentar foi acusada de se apropriar da verba indenizatória que era paga à então chefe de gabinete Laura Natasha de Oliveira. A Comissão de Ética entendeu que a V.I. deveria ser administrada exclusivamente por Laura.
Manifestantes favoráveis e contrários à cassação da parlamentar ocuparam a galeria da Câmara de Cuiabá. “Rachadinha ou inteirinha é corrupção“, dizia um cartaz.
“2.902 não serão calados“, diz um cartaz de apoiadores de Edna, em referência à quantidade de votos que a parlamentar teve na eleição de 2020.
O caso
O caso veio à tona em maio deste ano, quando vazaram prints de conversas dela com a ex-chefe de gabinete, Laura Natasha.
Conforme os prints, no ano passado a parlamentar recebeu pelo menos R$ 20 mil em transferências feitas por Laura.
As mensagens indicam que o dinheiro era referente à verba indenizatória que a servidora tinha direito.
Transferências bancárias, mensagens em áudio e conversas por WhatsApp que atestaram o envolvimento da vereadora no esquema.
Um áudio mostrava o marido da vereadora, Willian Sampaio, cobrando que a então chefe de gabinete fizesse a transferência do dinheiro para a vereadora. Posteriormente, em oitiva na Comissão de Ética, Laura disse que o dinheiro era transferido em sua totalidade para uma conta em nome da parlamentar.
Segundo Laura, ela só se deu conta de que algo estava errado com o modo como o dinheiro era tratado durante a gestão do gabinete da vereadora quando leu uma reportagem sobre o caso de sua demissão, enquanto estava grávida, que apontava seus rendimentos como sendo formados por R$ 7 mil de salário e R$ 5 mil de verba indenizatória. Segundo ela, só recebia 70% desse valor do salário e sempre devolveu a VI.
Laura Natasha foi exonerada no final do ano passado mesmo estando gestante e acabou sendo indenizada em R$ 70 mil. Ela ganhava R$ 7 mil de salário e mais R$ 5 mil de VI.
Veja os nomes dos 20 vereadores que votaram a favor da cassação da colega parlamentar:
(Sim)
Adevair Cabral
Cezinha Nascimento
Chico 2000
Didimo Vovô
Dilemário Alencar
Demilson Nogueira
Doutor Luiz Fernando
Fellipe Correa
Pastor Jefferson Siqueira
Johnny Everson
Kássio Coelho
Luiz Claudio
Marcus Brito
Maysa Leão
Michelly Alencar
Rodrigo Arruda e Sá
Rogério Varanda
Sargento Joelson
Sargento Vidal
Wilson Kero-Kero
Ausentes
Ricardo Saad
Edna Sampaio
Eduardo Magalhães
Paulo Henrique
Mario Nadaf
Veja o vídeo da sessão de cassação da vereadora petista:
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