Uma dieta saudável, capaz de salvar o planeta, garantir uma produção sustentável de alimentos e prevenir mortes prematuras.A “dieta da saúde planetária” foi desenvolvida por uma equipe internacional de cientistas e quer reduzir em mais de 50% o consumo de carne e açúcar e ainda dobrar a ingestão de frutas, legumes e nozes.Segundo o relatório publicado no periódico The Lancet, a dieta pode prevenir até 11,6 milhões de mortes prematuras sem comprometer o meio ambiente. Porções perfeitasDe acordo com o jornal The Guardian, a principal proposta dos pesquisadores é a redução substancial de carne, permitindo o consumo de um pedaço de carne e duas porções de peixe por semana. Outro corte importante é o consumo de produtos lácteos para 250 gramas diárias, o que corresponderia a cerca de um copo de leite, um pouco de queijo ou manteiga e um ovo ou dois por semana. A dieta prevê ainda a ampliação do consumo de produtos de origem vegetal.
Essa adaptação deve levar em consideração as diferenças regionais já que cada país pratica uma alimentação rica em diferentes nutrientes. Os norte-americanos, por exemplo, precisariam reduzir em 84% a carne vermelha, e aumentar as porções de lentilha e feijão em seis vezes para que as proteínas necessárias fossem fornecidas. Já para os europeus, o consumo de carne deveria ser cortado em 77%, enquanto a quantidade de nozes precisaria amentar em 15 vezes para garantir equilíbrio proteico. Mesmo com os cortes, a equipe acredita que a nova dieta seja capaz de fornecer 2.500 calorias por dia. Não consumir porcariaOutra recomendação do relatório é a eliminação de alimentos considerados não saudáveis das prateleiras dos supermercados ou aumentar os impostos sobre eles para induzir as pessoas a escolherem opções mais saudáveis.
As sugestões foram feitas pela preocupação com a situação global em termos de desnutrição, crescimento da alimentação inadequada e os riscos ambientais causados pela poluição e pelo atual sistema de produção de alimentos. Segundo especialistas, as dietas não saudáveis são a principal causa de doenças no mundo, sendo responsáveis por dois bilhões de pessoas com sobrepeso ou obesidade – o que pode gerar outras doenças, como câncer -, dois bilhões de indivíduos desnutridos em decorrência de dietas baixa em calorias ou nutrientes necessários, e 800 milhões de pessoas em situação de fome – causada pelo processo de produção de alimentos inadequado, que também prejudica o meio ambiente. DesperdícioOutros problemas encontrados pelos pesquisadores são o desperdício de alimentos – que precisa ser reduzido em 15% – e o rendimento agrícola das nações mais pobres – que requer mudanças significativas para que se torne mais saudável e sustentável. Se essas mudanças na produção de alimentos e na dieta não forem feitas, os pesquisadores alertam que os problemas de saúde serão ainda maiores e o aquecimento global deve ficar mais severo.
Em resumo, para alcançar esses objetivos, os pesquisadores sugerem a adoção de cinco estratégias:
Com informações da Veja |
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