Dono de construtora diz que pagava 10% para gestor; TJ nega pedido de afastamento do cargo.
O prefeito de Diamantino, Manoel Loureiro Neto (MDB), foi alvo da “Operação Avaritia“, desencadeada na manhã de Terça-feira (15/8), pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Núcleo de Competência Originária (Naco).
Ele foi flagrado em vídeo por um empresário, verificando uma quantia em dinheiro suspeita de ser propina.
As imagens fazem parte das evidências apresentadas pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), em um pedido de busca e apreensão, concedido pelo desembargador Rondon Bassil Dower Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Segundo a decisão, baseada no requerimento do MP-MT, o prefeito teria repetidamente solicitado propina ao empresário Alesandro Souza de Carvalho.
Esses pagamentos eram exigidos pelo prefeito para viabilizar a liberação dos pagamentos devidos à empresa Construtora Alto Monte Ltda. Os pagamentos eram intermediados por Fernando Tenório Cavalcante dos Santos, motorista de Manoel Loureiro Neto.
A ação judicial relata que o empresário compareceu à sede do MP-MT em Diamantino, levando consigo documentos e materiais audiovisuais que, supostamente, indicavam os pedidos indevidos feitos pelo prefeito. Alesandro Souza de Carvalho também cedeu seu telefone celular para extrair o histórico de conversas entre ele e o prefeito.
O empresário relatou que sua empresa ganhou três licitações em Diamantino, no entanto, em 2022, o prefeito, com quem ele tinha conhecimento há mais de 30 anos, começou a exigir propina para agilizar os pagamentos das faturas emitidas pela Construtora Alto Monte Ltda. Inicialmente, os pedidos eram disfarçados como “ajuda de custo” e aumentaram gradualmente para 10% de cada medição.
O prefeito também teria usado ameaças, afirmando que as licitações vencidas pela Alto Monte continham supostas irregularidades. Um dos vídeos gravados pelo proprietário da construtora, obtido pelo portal FOLHAMAX, mostra Manoel Loureiro Neto conferindo valores que supostamente seriam propina.
Embora o MP-MT tenha buscado o afastamento do prefeito, o desembargador negou essa medida, destacando que não havia comprovação de que o gestor planejava fugir, intimidar pessoas ou continuar a usar recursos públicos para obter propina. A decisão também considerou que os acusados tinham residência fixa e ocupações lícitas, e que a conduta criminosa parecia ser um incidente isolado.
Com as evidências emergentes e o escândalo em questão, é provável que o prefeito enfrente a cassação de seu mandato. O Núcleo de Competência Originária já compartilhou as provas da investigação com a Câmara de Vereadores de Diamantino, indicando que um pedido de abertura de processo para cassação do mandato de Manoel Loureiro seja protocolado nos próximos dias.
A prefeitura de Diamantino emitiu uma Nota a Imprensa.
VEJA O MOMENTO DA CONTAGEM DO DINHEIRO:
NOTA A IMPRENSA
O prefeito Manoel loureiro reafirma que não coopera ou contribui com atividades ilegais seja por quaisquer forma. Repudia as atribuições destes atos a sua conduta.
É importante esclarecer que o vídeo apresentado foi tirado do contexto e não reflete a realidade dos fatos.
Por isso mesmo, continua à disposição das autoridades para os devidos esclarecimentos em relação a seu comportamento pessoal e enquanto figura pública, no intuito de restabelecer a verdade.
Além disso, aguarda o trâmite do inquérito em andamento no Ministério Público e se pronunciará no momento e foro oportunos.
Na oportunidade, Manoel Loureiro Neto reafirma o compromisso com a transparência, a boa gestão do dinheiro público, o cuidado com o cidadão e desenvolvimento de políticas públicas que fomentem o desenvolvimento do município.
Manoel Loureiro Neto
Com informações do FolhaMax
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