A Informação partiu do Antagonista, porta-voz de Moro
Sergio Moro enviou há pouco ofício ao procurador-geral da República, Augusto Aras, pedindo instauração de inquérito para apuração, em conjunto com a Polícia Federal, dos fatos revelados ontem em reportagem do Jornal Nacional, informa o blog Antagonista, que opera como ‘porta-voz’ do ex-juiz paranaense. No documento, o ministro da Justiça diz que os fatos sugerem “possível equívoco na investigação conduzida no Rio de Janeiro ou eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do presidente da República no crime em questão”. Moro argumenta que o fato de que o então deputado federal estava em Brasília no dia do assassinato da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, torna evidente que o hoje presidente não poderia ter sido visitado por Élcio Queiroz, suspeito de envolvimento no crime. No entender do ministro, as revelações veiculadas no Jornal Nacional podem “configurar crimes de obstrução à Justiça, falso testemunho ou denunciação caluniosa, neste último caso tendo por vítima o presidente da República, o que determina a competência da Justiça Federal e, por conseguinte, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal”. Moro acrescenta que “é ainda possível que o depoente em questão tenha simplesmente se equivocado ou sido utilizado inconscientemente por terceiros para essas finalidades”. O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse em entrevista ao programa Em Foco, na GloboNews, que compete ao STJ decidir procedente ou improcedente o “incidente de federalização” no caso Marielle Franco. Veja trecho da entrevista, que vai ao ar hoje na GloboNews: Blog: No caso Marielle, que o senhor citou, tem esse pedido de federalizar a investigação. O senhor é a favor? Aras: Olha, na verdade, existe uma discussão entre o MPF, no que toca a minha antecessora, e o MP estadual do Rio. Compete ao STJ decidir se vai julgar procedente ou improcedente o incidente de federalização número 24. Blog: O senhor vai tratar com prioridade esse caso? Aras: Olha, o caso está sendo tratado em segredo, em sigilo. E assim vai continuar. Está na lei. Blog: O senhor acha que é um caso importante? Aras: Sim, com certeza. Como diria o clérigo inglês John Don, ninguém é uma ilha. Eu não pergunto por quem os sinos dobram, porque eles dobram por ti. A morte de Marielle, ou de qualquer pessoa, João, Maria, José, Ágata, é sempre a morte, um pedaço de mim, de nós, que faz falta. |
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