O ex-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), foi condenado em primeira instância a 98 anos, 11 meses e 11 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A sentença foi expedida nesta sexta-feira (4), pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
Essa foi a primeira condenação de Pezão no âmbito da Lava Jato fluminense. O ex-governador vai seguir em liberdade até o trânsito em julgado da ação. Outros dez réus foram condenados por Bretas, entre eles o também ex-governador Sérgio Cabral (MDB), de quem Pezão foi vice.
A culpabilidade é elevada, pois Luiz Fernando Pezão foi um dos principais agentes nos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos e assim agiu valendo-se dos cargos de confiança em que ocupou no Governo Cabral, bem como da autoridade conquistada pelo apoio de vários milhões de votos que lhe foram confiados ao elege-lo para vice-governador e governador – afirmou Bretas.
A investigação que levou ao processo foi aberta a partir de informações prestadas por Carlos Miranda, apontado como operador financeiro de Cabral, em acordo de colaboração premiada. Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público Federal acusou Pezão de receber dinheiro ilícito por integrar um esquema de corrupção liderado pelo antecessor.
Segundo a denúncia, de 2007 a 2014, Cabral pagou R$ 150 mil mensais a Pezão. O benefício incluiria até um 13° salário. Pezão também foi acusado de receber R$ 11,4 milhões da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), entre 11 de junho de 2014 e 3 de junho de 2015. Cabral, por sua vez, foi condenado a 32 anos, nove meses e cinco dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
*Estadão
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FONTE: AGÊNCIA BRASIL / TERRA BRASIL
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