O carro do juiz foi atingido por fezes de animais, ovos e terra, em Brasília, na Quinta (7).
A Procuradoria da República no Distrito Federal requisitou à Polícia Federal a abertura de inquérito policial para identificar os autores do ataque ao juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília. Foi Borelli quem autorizou a Operação Acesso Pago, da PF (Polícia Federal), que prendeu o ex-ministro Milton Ribeiro e outras quatro pessoas, em 22 de Junho, por suspeitas de irregularidades no Ministério da Educação. Os autores do ataque, disse ainda no comunicado, “colocam em risco a liberdade necessária para o desempenho da função jurisdicional”. O inquérito deverá ser sigiloso. O ataque ocorreu enquanto o juiz dirigia o veículo, saindo de casa em direção ao trabalho. O material foi arremessado no para-brisa. Mesmo com a visibilidade prejudicada, ele conseguiu seguir até um local seguro. Ele não se feriu. Depois da operação que resultou na prisão de Ribeiro, o juiz recebeu ameaças de grupos de apoio ao governo Jair Bolsonaro (PL), que foram comunicadas à PF. A investigação foi enviada por Borelli ao Supremo Tribunal Federal após um diálogo telefônico interceptado pela PF levantar a suspeita de que Bolsonaro teria comunicado Ribeiro sobre uma possível busca e apreensão na residência do ex-ministro. A relatoria é da ministra Cármen Lúcia. Em conversa do dia 9 de Junho com a filha, Ribeiro abordou a apuração policial e disse a ela que conversou com o presidente. De acordo com o ex-ministro, o mandatário teria dito estar com “pressentimento” de que iriam atingi-lo por meio da investigação. No final de junho, Cármen mandou o caso para a Procuradoria-Geral da República – PGR se manifestar sobre a abertura de uma investigação contra o presidente por suspeitas de irregularidades no Ministério da Educação e obstrução de Justiça. |
Por Marcelo Rocha
FONTES: AGÊNCIA BRASIL / TERRA BRASIL __________________________________________
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