Bruno Felipe / Da Reportagem
Além da atenção redobrada para se proteger do novo coronavírus, a população de Alta Floresta enfrenta mais uma grande preocupação: a falta de medicamentos na Farmácia Básica do município.
A situação se torna preocupante já que a escassez ocorre há vários meses. Conforme já divulgado pela reportagem do Jornal O Diário, no dia 21 de novembro de 2019 a Prefeitura Municipal chegou a publicar o pregão de número 00002233/2019, no valor de R$ 2.306.764,12 para a compra de medicamentos, o pregão deveria ter finalizado em 31 de janeiro de 2020, porém, até hoje o processo ainda não foi concluído. Para não deixar a população desassistida, neste ano, o Ministério Público do Trabalho (MPT) destinou um recurso de cerca de R$130 Mil para atender alguns municípios do estado de Mato Grosso e Alta Floresta foi incluída, o dinheiro foi utilizado para a compra de alguns medicamentos. Nesta semana, a vereadora Elisa Gomes tornou a falar sobre a situação durante seu pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal. Segundo ela, no dia 31 de março foi realizada uma nova licitação para a aquisição dos medicamentos; na última segunda-feira (22), a vereadora esteve na Farmácia Básica e a farmacêutica responsável disse que novamente a licitação deu problema, pois frustrou-se mais de 50% dos itens. A vereadora explicou que isso ocorreu por conta da demora no processo licitatório, pois no momento de adquirir os itens, muitos já estavam com o valor elevado e não é possível inseri-los no processo licitatório. Em reunião com a farmacêutica, a vereadora soube que a servidora estava fechando a ata dos itens que havia dado certo na licitação e a informação é que não há previsão de quando os medicamentos serão adquiridos, devido a burocracia. “Nós estamos há quase um ano lutando e cobrando essa bendita licitação porque a gente não tem a maioria dos medicamentos; é muito moroso e difícil, isso não pode acontecer porque quem está padecendo é a população que vai lá e não tem medicamento”, disse Elisa, em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário. A vereadora frisou que recebe diversas cobranças todos os dias por parte da população e um dos pensamentos que mais preocupam os moradores é que estamos enfrentando uma pandemia e mesmo assim, existe falta de medicamentos simples na única farmácia básica do município. Vale ressaltar que os poucos medicamentos que estão hoje lá são oriundos de recurso do ministério público do trabalho. A reportagem do Jornal O Diário entrou em contato com o Secretário de Saúde Marcelo Costa para maiores esclarecimentos, mas até o fechamento desta edição ele não respondeu à nossas indagações. |
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