Antipetismo elegeu Bolsonaro, mas ódio ao PT não governa um país, defende Lúdio

(Last Updated On: 4 de novembro de 2018)

 

O deputado estadual eleito Lúdio Cabral (PT) avalia que o partido do qual faz parte terá um importante papel de defesa dos direitos dos trabalhadores nos próximos quatro anos, principalmente porque, além do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ser de extrema direita, existe, segundo o petista, uma parcela do eleitorado dele que é muito radicalizada e tem um comportamento considerado perigoso.
“Não é todo o eleitorado de Bolsonaro, mas uma parcela é muito radicalizada e tem um comportamento muito perigoso, que infelizmente o presidente eleito só estimula. E agora precisa pacificar esse tipo de comportamento, porque o ódio ao PT não vai trazer soluções para o problema do Brasil, o que vai trazer soluções são medidas concretas para enfrentar esses problemas”, defende Lúdio.

Lúdio comemora vitória e apóia Lula e Haddad

O deputado eleito critica também certos questionamentos que setores da mídia faziam ao candidato petista, Fernando Haddad, como a exigência de confissão de culpa sobre os supostos erros do PT e os envolvimentos em escândalos de corrupção.
“O processo de autocrítica é sempre dinâmico, porque você acerta e também erra. Tem que aprender com os erros para não repeti-los e melhorar a qualidade dos acertos que se tem. Por isso é dinâmico e o PT já vem fazendo ao longo do tempo. E só por isso vinha conseguindo em quatro eleições sucessivas eleger um presidente da República”.
Lúdio aponta que, apesar do partido ter sido derrotado nestas eleições, valeu a disputa. “Chegamos ao 2º turno com um fator positivo que foi a humildade de buscar apoio de outros setores, tanto os setores progressistas, quanto setores do conservadorismo que enxergaram na candidatura do Bolsonaro um risco à democracia. Qual é a nossa tarefa agora? Foi o que o Haddad disse depois do resultado: dar as mãos, cuidar uns dos outros, nos defender de eventuais ataques que possam existir, inclusive ataques físicos”.
O deputado afirma ainda que o ódio ao PT foi utilizado para ganhar as eleições, mas este sentimento não governa. “Cabe ao PT, ao lado da esquerda e de setores progressistas, fazer a defesa dos direitos da população. E é o que faremos daqui em frente. Procurando exercer a autocrítica, onde for necessária. Mas cumprir com firmeza e cabeça erguida essa defesa”.
Quanto às acusações de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato, Lúdio afirma que nenhum partido está imune à corrupção. “O diferencial é fortalecer os instrumentos para investigar e punir quem pratica corrupção. Isso o PT fez ao longo do período que governou o país. Toda a legislação que permite a existência da Lava Jato foi criada no período que o PT governou. A Polícia Federal foi fortalecida. O Ministério Público teve concursos públicos e condições. O PT nunca nomeou um ‘engavetador-geral da república’, como acontecia em outras gestões. Sempre nomeamos o nome escolhido pelo MP para comandar o MP no Brasil. A relação com o Judiciário sempre foi de respeito à autonomia do Judiciário”.
Lúdio pontua que o PT sofreu com fatos e eventos de corrupção de filiados ao partido, mas que foram punidos. “Agora segue o compromisso de não esquecer o legado que deixou para o país, de uma série de políticas públicas que permitiu a população realizar a sua cidadania”. Antipetismo elegeu Bolsonaro, mas ódio ao PT não governa um país, defende Lúdio Antipetismo elegeu Bolsonaro, mas ódio ao PT não governa um país Frase é do deputado eleito Lúdio Cabral

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FONTE: RD NEWS
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