Uma das vítimas, amante da viúva, era de Alta Floresta e foi eliminada a mando da acusada, segundo ela, por que sabia demais e ainda disse em entrevista a imprensa que assumia o crime contra o amante, por ser ele o assassino de seu marido.
Os crimes aconteceram entre os anos de 2016 e 2017, e repercutiram em todo o país, quando Cléia Rosa ficou conhecida como a “Viúva Negra de Sinop”, e marcaram na época pela frieza com que a acusada se referiu ao amante, ao ser entrevistada dentro do carro da polícia, onde além de confessar o crime contra o amante, disse que o teria mandado matar ser o autor da morte de seu marido, negando o fato de ter sido a mandante do homicídio do marido. Porém, Cleia Rosa dos Santos Bueno, 34 anos, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, é a principal acusada de mandar o amante Adriano Gino, 29 anos, e mandar matar o marido, Jandirlei Alves Bueno, 39 anos. Também seria responsável por contratar os irmãos José Graciliano dos Santos, 30 anos, e Adriano dos Santos, 20, para matarem Adriano Gino. Os crimes aconteceram entre 2016 e 2017. Cleia Rosa é a única dos três que irá a júri popular por duplo homicídio. Pela morte do marido Jandirlei Alves Bueno, ela vai a julgamento por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Em caso de condenação, a maquiadora poderá ter a pena agravada por ter sido, supostamente, a mandante do crime. Já pelo assassinato de Adriano Gino, a maquiadora vai responder em júri popular por homicídio qualificado, cometido de maneira cruel, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e para assegurar a ocultação e impunidade da morte de Jandirlei Alves. Também poderá ter a pena aumentada, caso seja condenada, por ser a suposta mandante do assassinato e ainda responderá por ocultação de cadáver. Já os irmãos José Graciliano dos Santos, e Adriano dos Santos, que confessaram ter sido contratados pela maquiadora para matar Adriano Gino, irão responder por homicídio qualificado, cometido mediante promessa de recompensa, de maneira cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ainda serão julgados por ocultação de cadáver. Em março de 2019, os desembargadores da Terceira Câmara Criminal negaram um novo pedido de habeas corpus feito pela defesa de Cleia. No ano passado (2018), os desembargadores já haviam analisado e negado pedido de soltura feito pela defesa. Este ano, os magistrados entenderam que “na inexistência de fatos novos, não se admite a impetração do habeas corpus para rediscussão de matéria já apreciada e julgada pelo Colegiado, em ação mandamental e/ou recursos manejados anteriormente, sob pena de ofensa à coisa julgada”. A maquiadora é acusada de mandar o amante Adriano Gino, matar o marido e depois, teria contratado José Graciliano e Adriano dos Santos, que trabalhavam como vigilantes no mesmo bairro que ela morava, para matar o amante. VEJA O VÍDEO COM AS REPORTAGENS DA ÉPOCA: Os três foram presos no final de março do ano passado (2018), por policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Os irmãos levaram os investigadores até o local onde o corpo de Gino foi enterrado, em uma área de mata, na estrada Alzira. Ele estava desaparecido desde o dia 23 de dezembro de 2017. Na mesma vala, foi encontrada a motocicleta da vítima. Jandirlei Alves foi esfaqueado na residência do casal, no Jardim Florença, durante suposto latrocínio (roubo seguido de morte), que teria sido executado, segundo a polícia, pelo amante de Cléia Rosa. O marido da maquiadora foi atingido por dois golpes de faca, em outubro de 2016, e ficou internado por quase dois meses, porém, acabou falecendo. Na data do crime, a mulher contou à polícia que estava em casa, na companhia do esposo, quando foram rendidos por dois assaltantes. Na versão contada, Jandirlei Alves teria reagido e sido esfaqueado. Já os dois irmãos, supostamente contratados por Cleia Rosa, contaram à Polícia Civil como mataram Adriano Gino. “Ela primeiro ofereceu R$ 5 mil, depois um carro GM Prisma e nós aceitamos. Ela levou o amante até a casa dela, dopou com comprimidos e nós matamos com golpes de enxada. Depois colocamos no carro e escondemos o corpo”, disse. Os três continuam presos. Em alegações finais no processo, a defesa da maquiadora disse que ela não participou da morte de Jandirlei Alves. Também pediu absolvição em relação ao crime de homicídio contra Adriano Gino, alegando “excludente de culpabilidade consistente na inexigibilidade de conduta diversa”. Já a defesa de Adriano dos Santos pediu a impronúncia do réu, afirmando que ele cometeu “crime impossível”, uma vez que o suposto amante de Cleia Rosa já estaria morto quando recebeu os golpes de enxada. Apontou também que José Graciliano é inocente e não participou do assassinato. |
Com informações do Só Notícias
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