Em entrevista na Rádio Bambina o presidente e vice presidente do CMS/AF foram taxativos quanto a rejeição e os riscos de se nomear uma pessoa investigada e denunciada pelo MP/MT.
Na manhã desta Terça-feira (12/12), em entrevista ao ProgramaPonto a Ponto do apresentador e jornalista Oliveira Dias, os dois principais representantes do Conselho Municipal de Saúde – CMS/AF, Christian Lima e João Sutero Dantas reagiram com indignação a indicação do nome de Marcelo de Alécio Costa, um dia após a reunião no gabinete do chefe do executivo municipal (11/12), onde houve o anúncio da nomeação de Marcelo, dada como certa pelo próprio prefeito Chico Gamba e que o mesmo estaria assumindo a pasta da saúde municipal e já estaria dentro do prédio da secretaria atuando como secretário.
Segundo o vice presidente do CMS/AF, João Sutero Dantas o conselho não é favorável ao nome de Marcelo Costa pois há riscos iminente de se corromper o processo criminal em andamento, devido ao fato de que o denunciado pelo MP/MT poderia vir até mesmo a “destruir provas de acusação” que o comprometam estando a frente da pasta da saúde de Alta Floresta.
“Nosso medo é que o secretário venha a sumir com documentos que possam prejudicar a investigação no qual ele está sendo indiciado… ele pode coagir pessoas e prejudicar também a situação dele junto ao Ministério Público de Mato Grosso… e o nosso medo é que ele possa sumir com provas que venham, lá na frente, provar a sua culpa…”
O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Christian Lima também corroborou com as palavras do seu vice e acrescentou que a nomeação de Marcelo de Alécio Costa, neste momento, se torna um desgaste imenso tanto para o executivo quanto para o legislativo municipal, mesmo sabendo que ainda não há condenação transitado em julgado, o simples fato dele estar sendo investigado e denunciado pelo próprio MP/MT, já compromete a credibilidade e causa uma insegurança jurídica quanto a permanência de um secretário que está sendo investigado, segundo o MP/MT, como um dos pivôs de uma organização criminosa na área da saúde estadual.
Já João Sutero Dantas, lembrou que a primeira dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, está proibida pela Justiça do Estado de Mato Grosso de frequentar a prefeitura municipal, justamente em vista de processos e investigações em andamento, a fim de impedir que ela atrapalhe o andamento das investigações ou até mesmo acesse documentos ou outras provas usadas na investigação de um esquema de uso político da máquina a saúde. A decisão é do dia 19/11 de 2023.
Dantas sugere então que Marcelo Costa estaria na mesma condição de suspeição a frente da pasta da saúde municipal em Alta Floresta, e por isso automaticamente haveria um risco de coações e desaparecimento de provas comprometedoras.
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